Refugiados da Ucrânia em Portugal já são mais de 20 mil, cerca de 5% têm outras nacionalidades

Dos refugiados que chegam a Portugal, 65% são mulheres e mais de um terço são crianças. Indianos, russos, bielorrussos e paquistaneses a viverem na Ucrânia também pediram protecção.

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Maioria dos refugiados vindos da Ucrânia são mulheres Reuters/STRINGER

Com um mês de guerra na Ucrânia o número de pedidos de protecção temporária ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) já chega aos 20.663, até às 13h desta quinta-feira, segundo dados fornecidos ao PÚBLICO.

Desses, cerca de 5% são estrangeiros que viviam na Ucrânia, e a nacionalidade mais representada é a indiana, com cerca de 1,4%, seguida da Rússia, Bielorrússia e Paquistão (mas com menos de 0,5% cada). Os pedidos de protecção - que são válidos por um ano e podem ser prolongados até mais um - têm vindo a aumentar sobretudo desde que o SEF criou uma plataforma para facilitar a apresentação dos pedidos a quem estava a residir na Ucrânia. Segundo o SEF, só pode registar-se quem faça prova de ser residente na Ucrânia.

Os dados enviados pelo SEF mostram que mais de um terço destes refugiados tem menos de 18 anos e mais de 65% são mulheres. Mas esta é apenas uma pequena percentagem do total de deslocados da Ucrânia, estimado em 6,5 milhões, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Desse total a maioria são mulheres, mas cerca de 1,8 milhões são crianças. A Polónia é o país que mais tem acolhido, com um total estimado de 2,1 milhões, seguido da Roménia com 550 mil, da Moldávia com 371 mil ou da Hungria com 324 mil, de acordo com as Nações Unidas.

O Governo criou, entretanto, uma plataforma que concentra várias informações sobre o processo de migração e de acolhimento, PortugalforUkraine.gov.pt, onde congrega “todas as respostas e acções em curso, tendo em vista o apoio a pessoas deslocadas da Ucrânia, dentro e fora de Portugal”.

Do envio de apoio humanitário à “integração e acolhimento” em Portugal são várias as informações disponíveis neste site, numa espécie de manual que tem contactos para quem vem para Portugal sobre transportes, documentação, emprego e formação, educação, saúde e habitação. Há 15 dias os pedidos eram quatro vezes menos. Neste momento os ucranianos já chegaram ao segundo lugar da comunidade mais representada em Portugal, com cerca de 47 mil - o Reino Unido, com 41 mil pessoas, era o segundo país, depois do Brasil.

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