Mais oito estabelecimentos de Lisboa podem vir a ganhar a distinção de “Lojas com História”

Vão agora a consulta pública 12 estabelecimentos, como bares, restaurantes, drogarias e casas de jogo, que se candidataram ao programa municipal “Lojas com História”, oito dos quais receberam luz verde por parte da Câmara Municipal de Lisboa. Com esta aprovação, Lisboa pode vir a ter quase 150 lojas tradicionais locais protegidas ainda este ano.

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Entre as lojas distinguidas estão a Ginjinha Popular, o Grog e a Esfera da Sorte Daniel Rocha

Apesar de a União de Associações do Comércio e Serviços estimar que mais de 150 lojas históricas já tenham fechado, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) aprovou esta quarta-feira submeter a consulta pública a decisão do grupo de trabalho de apoio ao programa de distinguir mais oito estabelecimentos comerciais da cidade como “Lojas com História”.

A proposta, subscrita pelo vereador da Cultura, Economia e Inovação e Urbanismo, Diogo Moura, foi aprovada por unanimidade em reunião de câmara esta manhã, tendo por base uma proposta de reconhecer oito dos 12 estabelecimentos que se candidataram ao programa recentemente. Proposta essa que foi elaborada pelo grupo de trabalho ao qual compete a apreciação das candidaturas, composto por membros da CML, da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e do Conselho Consultivo do programa.

Tanto o Conselho Consultivo das “Lojas com História”, como as juntas de freguesia em cuja área estão localizados os espaços, foram ouvidos sobre a proposta e todas as entidades se pronunciaram de forma “concordante com as propostas favoráveis e com as propostas desfavoráveis ao reconhecimento”, segundo o documento a que o PÚBLICO teve acesso.

Os estabelecimentos que tiveram “luz verde” por parte da câmara para integrar o programa são a Ginjinha Popular, a Drogaria Adriano Duque, a casa de jogo Esfera da Sorte, o restaurante Estórias na Casa da Comida, o bar Pub Grog, o Quiosque de São Paulo, o restaurante Varina da Madragoa e o bar O'Gilins Irish Pub. A maior parte situam-se na freguesia de Santa Maria Maior.

Agora, as propostas de decisão tanto favoráveis como não favoráveis da CML serão submetidas a consulta pública por 20 dias, seguindo-se a “análise, ponderação e resposta às participações públicas”.

Existindo já 141 “Lojas com História”, Lisboa pode vir a ganhar mais oito, que se juntarão a espaços como a Luvaria Ulisses, a Barbearia Campos, a Livraria Barata, a Casa Havaneza ou a Espingardaria Belga.

O programa “Lojas com História” tem como objectivos “apoiar e promover o comércio tradicional local” por meio do “reconhecimento público dos estabelecimentos com características únicas e diferenciadoras da actividade económica”. Qualquer loja que se dedique ao comércio de rua se pode candidatar ao programa, a qualquer momento, através dos sites da câmara ou do programa, bem como presencialmente no Balcão Iniciativa Lisboa. Depois de receberem a distinção, as “Lojas com História” podem ainda candidatar-se a apoios da câmara através do Fundo Municipal.

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