O Chelsea vai continuar a viajar pela Europa

Blues” seguem para os quartos-de-final da Liga dos Campeões, após triunfo por 1-2 sobre o Lille. Villarreal qualifica-se com vitória, em Turim, sobre a Juventus.

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Azpilicueta marcou o segundo do Chelsea em Lille Reuters/PASCAL ROSSIGNOL

A digressão final pela Europa do Chelsea de Roman Abramovich vai continuar. Os “blues” qualificaram-se para os quartos-de-final da Liga dos Campeões, com um triunfo em França, por 1-2, sobre o Lille – a formação londrina tinha vencido por 2-0, em Stamford Bridge. O actual campeão europeu sofreu muito frente ao campeão francês e chegou a estar a perder, mas conseguiu segurar o empate e garantir que vai continuar a viajar pela Europa, mas sem saber com que dinheiro. Talvez com Tuchel a conduzir o autocarro, como o próprio treinador alemão chegou a admitir em jeito de brincadeira.

Com o acesso cortado ao financiamento infinito de Abramovich (que está obrigado a vender o clube) e sem poder ganhar uma libra que seja com merchandising ou venda de bilhetes, não se sabe como o Chelsea irá financiar a próxima viagem da Champions, mas, pelo menos, vai poder continuar a defender o título conquistado na época passada. Não foi, no entanto, por falta de empenho do Lille, que procurou sempre jogar com a intranquilidade dos londrinos. Só marcou uma vez, podia ter marcado mais, mas não podia sofrer. E, em dois momentos de desconcentração, sofreu.

Com vários portugueses no “onze” incial (José Fonte, Tiago Djaló e Xeka), o Lille pareceu sempre mais perigoso no ataque e conseguiu marcar aos 38’. Habituado a ser ele o marcador de penáltis do Chelsea, Jorginho jogou a bola com o braço na sua área e o árbitro deu o castigo, após auxílio do VAR. Da marca dos 11 metros, o veterano turco Burak Yilmaz fez o 1-0 e o Lille reentrou na luta.

Mas o Chelsea jogava pelo orgulho e pela reputação, para além de querer aproveitar enquanto ainda pode jogar com uma equipa feita de milhões. E, já no tempo de compensação, Pulisic fez o empate, tirando partido de um buraco na defesa do Lille, após ser solicitado por Jorginho.

Os franceses tentaram reagir e não estiveram longe de voltar a marcar, sobretudo num lance, na segunda parte, em que Xeka acertou no poste. Mas, quase de seguida, o capitão dos londrinos, Cesar Azpilicueta, fez o 1-2, com uma finalização já dentro da pequena área após cruzamento de Mason Mount, e o Lille já não teve resposta.

Villarreal em grande

A Juventus não está a fazer uma época brilhante na Série A, mas ainda lhe ia valendo a carreira na Liga dos Campeões, só que a “vecchia signora” foi ao fundo, obra de um brilhante Villarreal, que triunfou em Turim por 0-3, depois de um empate (1-1) no jogo da primeira mão. O detentor da Liga Europa foi a imagem do seu treinador, Unai Emery: rigoroso, competente e cínico quando era preciso.

Depois de uma primeira parte sem golos, o “Submarino Amarelo” colocou-se na frente aos 78’. Rugani derrubou Coquelin na área da Juventus e, na conversão do penálti, Gerard Moreno fez o 0-1. Pouco depois, aos 85’, foi o jovem central Pau Torres a estabelecer o 0-2 para, já em tempo de compensação, Arnaut Danjuma converter o 0-3, também de penálti, depois de mão na bola de De Ligt.

Esta é a terceira vez que o Villarreal chega aos quartos-de-final da Champions, depois das duas ocasiões em que teve carreira longa na competição, na primeira década do século XXI. E, com a eliminação da Juventus, não haverá equipas italianas entre as oito sobreviventes na maior competição de clubes da Europa. Serão três ingleses (Manchester City, Liverpool e Chelsea), três espanhóis (Real Madrid, Atlético Madrid e Villarreal), um português (Benfica) e um alemão (Bayern Munique).

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