Wipeout Beat: Ramones com riscas e órgãos Casio

Nasceram quando uma banda feita de improviso começou a ganhar formas definidas. Explorando velhos sintetizadores, mas com rock’n’roll nas veias, vestiram camisolas listadas e apresentaram-se. Wine Nights Fantastic Stories é o segundo álbum.

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Nasceram, ou melhor, tornaram-se inevitáveis quando perceberam que aquilo que tinham, com as regras que tinham criado, se tinha transformado numa outra coisa. Expliquemos. Primeiro havia os Subway Riders, a banda/colectivo punk dadaísta nascida no fim dos anos 1980, ideia de Carlos Dias e Victor Torpedo (Tédio Boys, Parkinsons, Victor Torpedo And The Pop Kids) que tinha formação variável e uma regra de ouro: nunca ensaiar para que os concertos fossem verdadeiros e caóticos happenings onde tudo podia acontecer. Entretanto, foi-se desenvolvendo uma criação paralela. A mesma banda, a mesma atitude, mas com existência reservada a concertos de Natal (mesmo que acontecessem no Verão chamavam-lhes “concertos de Natal”) e, atente-se na revolução no processo, com direito a inauditos três dias de ensaios antes das actuações — apresentavam-se os Vaginas Convulsivas.

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