China suspende transmissões da Premier League para “esconder” apelos à paz

Pequim tem mantido uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia, tendo, por um lado, defendido que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas, mas, por outro, sido contra as sanções impostas contra a Rússia.

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Jogadores do Everton em apoio à Ucrânia Reuters/PETER POWELL

A China cancelou a transmissão dos jogos da liga inglesa de futebol deste fim-de-semana, evitando assim a difusão das mensagens de apoio à Ucrânia invadida pela Rússia na semana passada.

De acordo com a BBC, a plataforma iQiyi Sports, detentora dos direitos de transmissão para a China, comunicou a decisão de não transmitir as partidas, nas quais os capitães das equipas deverão usar braçadeiras com a bandeira da Ucrânia.

Os organizadores da Premier League anunciaram também a intenção de exibir nos ecrãs dos estádios mensagens de apoio à Ucrânia, e de pedirem os espectadores que cumpram um momento “de reflexão e solidariedade”, antes do início dos encontros.

A Liga inglesa recusou-se a comentar a decisão da plataforma chinesa, que no ano passado adquiriu os direitos de transmissão do futebol inglês por três épocas, afirmando apenas que “condena de forma veemente a ofensiva russa à Ucrânia”.

Pequim tem mantido uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia, tendo, por um lado defendido que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas, mas, por outro, sido contra as sanções impostas contra a Rússia.

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