Bombeiros com dificuldade em apagar fogo em navio que transportava carros de luxo

As equipas podem apenas atacar o fogo de fora do navio, já que é demasiado perigoso subir a bordo. Também não podem usar água porque somar peso à estrutura do navio pode torná-lo instável e a água não impede as baterias de iões de lítio de arderem.

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O Felicity Ace transportava cerca de quatro mil carros, incluindo Porsches, Audis e Bentleys Reuters/Marinha Portuguesa
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O navio reportou um incêndio a bordo na quarta-feira, quando estava ao largo do Faial Reuters/Marinha Portuguesa
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Reuters/Força Aérea Portuguesa

Os bombeiros estão com dificuldades para apagar o fogo que deflagrou na quarta-feira num navio que transportava milhares de carros de luxo e que está à deriva ao largo dos Açores, disse este sábado o capitão do porto do Faial à Reuters.

O Felicity Ace, que transportava cerca de quatro mil carros, incluindo Porsches, Audis e Bentleys, alguns eléctricos com baterias de iões de lítio, reportou um incêndio quando estava ao largo da ilha do Faial, na quarta-feira. Os 22 tripulantes foram retirados no mesmo dia e transportados para o Faial.

“A intervenção (para apagar o fogo) tem de ser muito lenta”, explicou João Mendes Cabeças à Reuters no sábado. “Vai demorar.”

As baterias de iões de lítio dos carros eléctricos a bordo estão a “alimentar o fogo”, explicou o capitão, acrescentando que já está caminho material especializado.

O grupo Volkswagen, ao qual pertencem as marcas já referidas, ainda não confirmou o número total de veículos a bordo e disse estar a aguardar mais informação. A empresa de transporte Mitsui O.S.K. Lines Ltd não respondeu aos pedidos de informação.

Mendes Cabeças tinha dito na quinta-feira que “tudo estava em chamas a cinco metro acima da linha de água” e que o fogo estava longe dos tanques de combustível. Está a ficar mais perto, no entanto.

“O fogo espalhou-se”, disse o capitão, explicando que as equipas podem apenas atacar o fogo de fora do navio, já que é demasiado perigoso subir a bordo. Também não podem usar água porque somar peso à estrutura do navio pode torná-lo instável e a água não impede as baterias de iões de lítio de arderem.

O navio com bandeira do Panamá será rebocado para um país europeu ou para as Bahamas, mas ainda não se sabe quando será possível proceder a essa operação.

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