Cinco séries antológicas a não perder

Para os espectadores que não se querem prender a enredos longos e complexos, existem séries em formato antológico, com narrativas autónomas e personagens próprias em cada temporada ou episódio.

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True Detective
l-r:  Bing (Daniel Kaluuya) and Abi (Jessica Brown)�
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Black Mirror Giles Keytes�
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Room 104
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American Horror Story
,Amazon Prime Video
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Modern Love

True Detective

HBO
A primeira temporada de True Detective estreou-se na HBO em 2014 e teve os actores Matthew McConaughey e Woody Harrelson como protagonistas. Aclamada pelo público e pelos críticos, tinha todos os episódios escritos por Nic Pizzolatto (argumentista de Galveston - Vingança e Redenção e Os Sete Magníficos) e realizados Cary Joji Fukunaga (conhecido por Jane Eyre, Beasts of No Nation ou 007: Sem Tempo para Morrer). A acção situava-se no Louisiana (EUA) e, seguindo várias linhas temporais, acompanhava Rust Cohle e Martin Hart, dois detectives do Departamento de Investigação Criminal, que ao longo de 17 anos perseguiam um assassino em série com ligações a um culto. Um ano depois, surge uma segunda temporada com Vince Vaughn, Colin Farrell, Rachel McAdams e Taylor Kitsch nos papéis principais, focada numa conspiração em torno de um assassinato. A terceira, estreada já em 2019, decorre na região montanhosa de Ozarks e volta a apoiar-se nas linhas temporais (em vários momentos das décadas de 1980 e 1990 e no ano de 2015) para apresentar um crime relacionado com o desaparecimento de crianças, que os detectives Wayne Hays (Mahershala Ali) e Roland West (Stephen Dorff) nunca perderam a esperança de desvendar. Com inúmeras nomeações para os Emmys, True Detective arrecadou cinco, todos referentes à primeira temporada.

Black Mirror

Netflix
Esta antologia criada pelo humorista, crítico, argumentista e produtor Charlie Brooker é uma distopia que percorre vários géneros (romance, thriller, policial, sátira, etc.) e que se inspira na série Quinta Dimensão, criada em 1959 por Rod Serling. Composta por episódios individuais ambientados no futuro (mais ou menos próximo), quando a tecnologia domina o dia-a-dia dos indivíduos, a série enfatiza os problemas sociais e a insatisfação crónica das sociedades actuais. Ao diabolizar o impacto da tecnologia nas relações, questiona também o direito à privacidade, o excesso de consumismo e o individualismo cada vez mais acentuado. Cada um dos seus 22 episódios tem a sua narrativa própria, o que resulta na vantagem de não obrigar o espectador a seguir uma ordem específica. Estreada em 2011 no britânico Channel 4, que produziu as duas primeiras temporadas, em 2016 Black Mirror foi comprada pela Netflix, que entretanto deu origem a mais três. Com inúmeras nomeações para os Emmys ao longo dos anos, foi premiada com seis.

Room 104

HBO
Com os irmãos Mark e Jay Duplass (Wild Wild Country) como criadores, argumentistas e produtores, esta série, com episódios de aproximadamente meia-hora, foi produzida para a plataforma HBO, onde se estreou em Julho de 2017. Ao longo das suas quatro temporadas, conta várias situações sucedidas aos hóspedes de um motel de beira de estrada – mais precisamente, no quarto número 104. A partir do momento em que o espectador se arrisca a entrar por aquela porta, não sabe o que lhe vai acontecer. O ideal é render-se à história que os Duplass lhe reservaram, que tanto pode ser de terror, comédia ou romance.

American Horror Story

Disney +
Estreada em 2011, American Horror Story tem autoria de Ryan Murphy, tido como um dos criadores e produtores mais proeminentes da televisão norte-americana – como também o provam as séries Nip/Tuck, Glee ou o drama de crime real American Crime Story. Abordando diferentes géneros de terror ao longo dos 116 episódios das suas dez temporadas, a acção centra-se nas mais diversas personagens e localizações, com o espectador a ser transportado até casas assombradas, um hospital psiquiátrico, à cidade de Salem, a um circo de aberrações ou um acampamento de verão, com direito a um desvio para conhecer o apocalipse, um fanático por Donald Trump ou uma droga capaz de aguçar a inspiração de artistas em crise. Muito bem recebida pelo público e pela crítica especializada, ao longo do tempo, esta antologia de histórias ganhou 16 Emmys e quatro Globos de Ouro. De entre os múltiplos actores que foram percorrendo as temporadas, destacam-se Sarah Paulson, Evan Peters, Denis O’Hare, Lily Rabe, Kathy Bates, Angela Bassett, Taissa Farmiga, Chloë Sevigny, Joseph Fiennes, Lady Gaga, Wes Bentley, Cuba Gooding Jr., Adam Levine, Alexandra Daddario, Naomi Campbell, Macaulay Culkin, Jessica Lange ou Joan Collins.

Modern Love

Prime Video
Inspirada em casos reais retratados na coluna semanal publicada no The New York Times, também transformados num podcast, Modern Love é uma antologia de histórias sobre as várias facetas do amor e das relações humanas. Cada episódio, de aproximadamente meia-hora, tem como cenário a cidade de Nova Iorque e conta com o seu próprio enredo e protagonistas. Falam sobre amizade, casamento, amores perdidos, crises profundas ou reencontros inesperados de quem se perdeu no passado. Todas têm em comum as alegrias e tristezas inevitavelmente associadas a quem se entrega de alma e coração. Com duas temporadas disponíveis, esta série foi desenvolvida por John Carney e conta com a participação de um invejável leque de actores. Entre eles estão Dev Patel (nomeado para o Emmy), Anne Hathaway, Tina Fey, Andy García, Catherine Keener, Julia Garner, Ed Sheeran, Minnie Driver, Kit Harington, John Slattery e Miranda Richardson.

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