Fassbinder nunca morreu e reabre Berlim (sob os traços de Denis Ménochet)

No filme de abertura do festival alemão, François Ozon transforma As Lágrimas Amargas de Petra von Kant numa homenagem biográfica a Fassbinder. Mas não é Rainer Werner quem quer.

Foto
O actor francês Denis Ménochet é provavelmente uma das melhores razões para ver o filme carole Bethuel

E eis Berlim a começar oficialmente em festa, com passadeira vermelha (convenientemente reciclada ecologicamente) à sombra de um iconoclasta defunto: Rainer Werner Fassbinder, figura tutelar do cinema alemão do pós-Segunda Guerra Mundial, que ressurge para lá da morte sob os traços do actor francês Denis Ménochet (num tour de force que é provavelmente uma das melhores razões, mesmo que não a única, para ver o filme). Porque, mesmo que a origem evidente seja As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, o que François Ozon faz em Peter von Kant (Competição) é criar um doppelgänger de Fassbinder, um retrato por interposta pessoa.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar