Estudantes suspeitos de violar quatro mulheres à beira do Mondego. Namorado de uma delas obrigado a assistir

Dois rapazes agora detidos são suspeitos de terem atacado quatro vítimas no Choupalinho, mas número pode vir a subir. Um deles já tinha antecedentes criminais do mesmo tipo.

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Há pelo menos quatro vítimas identificadas PAULO RICCA

Dois estudantes de 18 e 20 anos foram detidos em Coimbra por suspeita de terem violado quatro mulheres no Choupalinho, à beira do Mondego. Depois de conduzidos à presença de um juiz, ficaram ambos em prisão preventiva. Uma das vítimas foi vítima de abuso na presença do namorado, que foi obrigado a assistir.

“Os suspeitos abordaram as vítimas num parque da cidade de Coimbra, na margem esquerda do rio Mondego, e, sob ameaça de arma branca, subtraíram-lhes os objectos de valor, tendo duas delas sido constrangidas a sofrer e a praticar actos sexuais de relevo”, refere um comunicado da Polícia Judiciária.

As autoridades suspeitam de que os estudantes, que frequentavam o ensino profissional, possam ter atacado mais mulheres. A apresentação de queixa pelas vítimas poderá esclarecer se isso realmente aconteceu. Um dos atacantes já tinha antecedentes criminais do mesmo tipo, pelos quais estava a aguardar ser julgado. Os episódios conhecidos até agora remontam a Dezembro e Janeiro passados.

A Polícia Judiciária dá ainda conta, neste sábado, de um outro caso de violação, desta vez perpetrado na Rinchoa. Um homem de 35 anos atacou e sequestrou a sua ex-mulher, que atraiu a sua casa a pretexto de sintomas de covid-19 de um dos três filhos do casal. Vítima de violência doméstica por parte deste homem, com quem viveu entre 2014 e 2021, a mulher tinha conseguido que o tribunal decretasse que não podia aproximar-se dela.

O agressor chegou a estar em prisão domiciliária por causa das agressões à ex-mulher. Porém, no final do Verão passado, quando foi ouvida em declarações para memória futura no âmbito deste processo, a vítima remeteu-se ao silêncio sobre a maioria dos maus tratos que tinha sofrido, razão pela qual foram retiradas ao agressor as medidas de coacção que lhe tinham sido impostas.

“Na passada terça-feira, o suspeito, mediante a ameaça de uma arma branca, perpetrou os crimes de violação, sequestro e coacção, ameaçando ainda matar a vítima”, descreve a Judiciária numa segunda nota informativa. Usou uma faca de grandes dimensões, com a qual ameaçava matar-se depois de tirar a vida à ex-mulher, que, se não queria ser dele, dizia, também não havia de ser de mais ninguém. Tal como os violadores de Coimbra, também este homem ficou em prisão preventiva.

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