Três a três na Madeira, mas com nova vitória do PSD/CDS

Coligação que governa a Madeira foi a mais votada, mas elegeu os mesmos três deputados do que o PS. Chega e Iniciativa Liberal com subida acentuada.

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Rui Gaudencio

Na Madeira, não houve novidades. Nova vitória do PSD, que concorreu em coligação com o CDS – e já lá vamos aos centristas –, nova derrota do PS. Em termos de mandatos, tudo na mesma também: três para o PSD/CDS (Sérgio Marques, Sara Madruga da Costa e Patrícia Dantas), todos indicados pelos sociais-democratas, e três para o PS (Carlos Pereira, Miguel Iglésias e Marta Freitas).

A coligação Madeira Primeiro (PSD/CDS) venceu em 10 dos 11 concelhos da região autónoma, perdendo apenas para o PS em Machico, um bastião socialista no arquipélago.

O JPP foi o terceiro partido mais votado (6,86%), seguido pelo Chega (6,08%) e pela Iniciativa Liberal (3,34%). Bloco de Esquerda (3,23%) e CDU (2,03%) foram ultrapassados pela direita, numas eleições em que a abstenção na região foi de 50,43%.

Os socialistas liderados pelo demissionário Paulo Cafôfo, perderam cerca de três mil votos em relação às legislativas de 2019, descendo de 33,41% para 31,47%.

À direita, e olhando para o que aconteceu há três anos, quando o PSD, sozinho, venceu com 37,15% e o CDS foi terceiro com 6,05%, há a tentação de extrapolar sobre o resultado da coligação nestas eleições (39,83%) e o peso que os centristas tiveram nele. Principalmente, face às subidas das novas tendências à direita: o Chega ganhou quase mais sete mil votos, tantos quando os do CDS em 2019, e a Iniciativa Liberal, mais três mil.

Nada que retire a confiança de Miguel Albuquerque, líder do PSD-Madeira, de que a coligação PSD/CDS, que governa a região autónoma desde 2019, vai manter-se para as próximas legislativas regionais, marcadas para o próximo ano.

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