Costa do Peru atingida por novo derrame de petróleo, dez dias depois do primeiro

Limpeza do derrame de petróleo em Ancon, Peru Reuters/PILAR OLIVARES
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Limpeza do derrame de petróleo em Ancon, Peru Reuters/PILAR OLIVARES

A costa do Peru foi atingida por um novo derrame de petróleo esta terça-feira, dez dias depois de um primeiro derrame que contaminou mais de 180 hectares do litoral peruano e 713 hectares de área marinha. 

“O [novo] derrame terá ocorrido em 25 de Janeiro quando se realizavam os trabalhos prévios à retirada dos PLEM (Pipeline End Manifolds), os equipamentos submarinos de recolha e distribuição” do petróleo, disse esta quarta-feira em comunicado a Agência de Avaliação e Fiscalização Ambiental (OEFA), um organismo do Ministério do Ambiente peruano.

Ainda não há dados quanto à quantidade de petróleo derramado nesta nova fuga, identificada na terça-feira pela tripulação de um voo de inspecção, que monitorizava a área afectada pelo primeiro incidente e detectou uma "mancha oleosa" perto do oleoduto da refinaria.

O derrame de 15 de Janeiro, com um volume de seis mil barris de petróleo, aconteceu num oleoduto de uma refinaria da Repsol. A empresa afasta, no entanto, quaisquer responsabilidades do desastre ambiental, atribuindo as culpas à ondulação marítima forte registada no Pacífico devido à erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, no arquipélago de Tonga.

O Governo do Peru já exigiu, na semana passada, que a empresa petrolífera actuasse com urgência na limpeza do derrame, considerando tratar-se do "pior desastre ecológico" dos últimos anos.

Limpeza do derrame de petróleo em Ventanilla, Peru
Limpeza do derrame de petróleo em Ventanilla, Peru Reuters/PILAR OLIVARES
Limpeza do derrame de petróleo em Ventanilla, Peru
Limpeza do derrame de petróleo em Ventanilla, Peru Reuters/PILAR OLIVARES
Limpeza do derrame de petróleo em Ventanilla, Peru
Limpeza do derrame de petróleo em Ventanilla, Peru EPA/Juan Ponce
Visão aérea do primeiro derrame de petróleo e dos trabalhos de limpeza em curso na Playa Cavero, no Peru, a 19 de Janeiro
Visão aérea do primeiro derrame de petróleo e dos trabalhos de limpeza em curso na Playa Cavero, no Peru, a 19 de Janeiro EPA/MAXAR TECHNOLOGIES HANDOUT
Moradores de Anton protestam contra a Repsol depois de o Governo peruano ter atribuído culpas à empresa espanhola pelo derrame. A Repsol culpa a ondulação invulgar provocada pela erupção vulcânica em Tonga
Moradores de Anton protestam contra a Repsol depois de o Governo peruano ter atribuído culpas à empresa espanhola pelo derrame. A Repsol culpa a ondulação invulgar provocada pela erupção vulcânica em Tonga Reuters/PILAR OLIVARES
Limpeza do derrame de petróleo em Ventanilla, Peru
Limpeza do derrame de petróleo em Ventanilla, Peru Reuters/PILAR OLIVARES
Limpeza das praias em Ventanilla, Peru
Limpeza das praias em Ventanilla, Peru EPA/Juan Ponce
Os pescadores patrulham as actividades de pesca na sequência da contaminação por derrame de petróleo em Ancon, Peru
Os pescadores patrulham as actividades de pesca na sequência da contaminação por derrame de petróleo em Ancon, Peru Reuters/PILAR OLIVARES
Limpeza do derrame de petróleo em Ventanilla, Peru
Limpeza do derrame de petróleo em Ventanilla, Peru Reuters/PILAR OLIVARES