Raquel Castro quer pôr-nos a pensar sobre o som

Quase por acidente, a investigadora especializou-se na arte sonora e na ecologia acústica e construiu um percurso que, este ano, tem vários motivos de celebração: o livro que reflecte sobre o festival Lisboa Soa, a série Soa para a RTP e a curadoria conjunta de cinco festivais europeus.

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Vera Marmelo

Raquel Castro lembra-se bem de ter contado à família que decidira escrever a sua tese de mestrado sobre ecologia acústica. Estavam à mesa, o local próprio para qualquer anúncio com alguma cerimónia, e a sua declaração foi recebida com uns risos de quem sinalizava a identificação dos interesses muito particulares da investigadora e programadora. É certo que a disciplina já tinha sido fundada por R. Murray Schafer no final dos anos 60, mas a sua especificidade, embora tivesse conhecido uma clara expansão nas décadas seguintes, permanecia ainda um segredo para qualquer pessoa que não tivesse a cabeça mergulhada nas temáticas próprias dos estudos do som. Tanto assim que, mesmo nesse momento de partilha familiar, Raquel Castro estava segura da curiosidade que vinha alimentando naquela área de estudo, mas não acreditava que a sua vida profissional pudesse vir a desenhar-se cada vez mais em torno desse interesse.

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