Tufão Rai faz pelo menos 319 mortos nas Filipinas

Rai já se tornou num dos fenómenos naturais mais mortíferos das Filipinas nos últimos anos. Após ter deixado um rasto de destruição no país, enfraqueceu para um ciclone tropical severo: Macau já emitiu o sinal 1 de alerta devido à sua passagem.

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O número de mortos do tufão Rai subiu para 319 nas Filipinas, de acordo com a polícia nacional, que fez esta segunda-feira um novo balanço. Este tufão já se tornou num dos fenómenos naturais mais mortíferos do país nos últimos anos.

Pelo menos 239 pessoas ficaram feridas e 56 estão ainda desaparecidas após a passagem devastadora do Rai pelas regiões sul e centro do arquipélago, acrescentou a polícia nacional. Cerca de 500.000 pessoas foram forçadas a deixar as suas casas desde quinta-feira.

O ramo filipino da Cruz Vermelha relatou uma “carnificina completa” nas zonas costeiras. A tempestade arrancou telhados, arrancou árvores, derrubou postes de electricidade, demoliu casas de madeira e inundou aldeias.

O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, viajou para a região no sábado e prometeu 40 milhões de dólares em ajuda.

As mortes e os danos generalizados deixados pelo tufão antes do Natal naquela nação, maioritariamente católica, trouxeram de volta memórias da catástrofe infligida por outro tufão, o Haiyan, um dos mais poderosos já registados. Atingiu muitas das províncias centrais que foram afectadas na semana passada, vitimando mortalmente mais de 6300 pessoas em Novembro de 2013.

O Papa Francisco expressou no domingo a sua solidariedade com o povo das Filipinas.

Cerca de 20 tempestades e tufões assolam as Filipinas todos os anos. O arquipélago também se encontra ao longo da região do “Anel de Fogo” do Pacífico, tornando-o um dos países mais susceptíveis a calamidades naturais.

Macau emite sinal 1 para ciclone tropical severo Rai

Com a aproximação do Rai, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau emitiram esta segunda-feira o sinal 1 de alerta de tempestade tropical. Esta é a primeira vez desde 1974 que é içado, em Dezembro, um sinal de tempestade tropical no território. O Rai ocorre particularmente tarde para a habitual época em que a maioria das tempestades tropicais se formam no oceano Pacífico, entre Julho e Outubro.

Depois de ter deixado um rasto de destruição nas Filipinas, “o Rai enfraqueceu” de supertufão para “um ciclone tropical severo e está a deslocar-se progressivamente para nordeste”, indicaram os SMG, em comunicado. Na terça-feira, a tempestade deverá atingir o ponto mais próximo do território, “a cerca de 200 quilómetros a sul de Macau”, acrescentaram.

De acordo com aqueles serviços, existe uma probabilidade “relativamente alta a moderada” de içar o sinal de alerta número 3 esta noite, prevendo ainda que “as bandas de chuva associadas” afectem Macau esta segunda e terça-feira, com aguaceiros “mais frequentes e contínuos na região”. Devido à maré astronómica em combinação com o efeito de storm surge e aguaceiros fortes, “podem ocorrer inundações em zonas baixas”, esta noite, alertaram.

A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, emitidos tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos.

Em Setembro de 2018, a passagem do tufão Mangkhut por Macau causou 40 feridos. Um ano antes, em Agosto, o tufão Hato, posteriormente denominado de Yamaneko pelas autoridades locais, tinha causado dez mortos e 240 feridos.

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