O futuro do mutualismo exige mudança

Temos de evoluir para as partilhas intergeracionais de responsabilidade, privilegiar os mandatos curtos, as transferências de competências e o envolvimento das partes interessadas.

É numa perspetiva de assumido compromisso e de propósito muito claro que passo a palavras escritas tanto do que fundamenta a tomada de posição sobre uma escolha que tomo por necessária.

Ao longo da minha vida pessoal e profissional sempre valorizei a capacidade de antever o futuro, de atualizar o posicionamento organizacional, de prever e planear. Por isso me tornei mutualista e aliei à minha experiência no mundo empresarial, a perspetiva da solidariedade, da entreajuda e da proteção social complementar.

Quando falamos de mutualismo e quando falamos, especificamente na Associação Mutualista, Montepio Geral, como seu exemplo maior, temos a tendência para invocar o passado, as suas raízes centenárias e considerar que a sua sobrevivência assenta na continuidade e na invocação dos seus atores de sempre.

Mas a experiência que ganhei ao trabalhar em territórios de modernidade e desafio tecnológico, diz-me que o caminho tem que ser outro. Temos de evoluir para as partilhas intergeracionais de responsabilidade, privilegiar os mandatos curtos, as transferências de competências, a preparação das gerações mais novas e o envolvimento das partes interessadas.

A Associação Mutualista, Montepio Geral precisa hoje de quem esteja familiarizado com a emergência das alterações climáticas, que domine a linguagem da sustentabilidade e da transição digital, que seja capaz de enfrentar as mudanças irreversíveis do mundo do trabalho, que saiba fazer pontes com entidades congéneres para combater as desigualdades.

O cenário atual exige uma liderança com igualdade de género, apartidária e de proximidade. Uma liderança servidora traduzida em estruturas flexíveis e leves, que estimulem a inovação e a partilha de saberes. Uma liderança com responsabilidade social, que seja um exemplo de conduta e de sobriedade.

Por isso integro a Lista D como candidata à Assembleia de Representantes. Porque precisamos desta equipa jovem de profissionais com provas dadas, que aprendeu os valores e os fundamentos do mutualismo com os melhores, mas, que honrando o seu legado, sabe interpretá-los de forma atualista.

Uma equipa que é capaz de construir uma oferta mutualista para novos públicos, que quer alargar as áreas de intervenção e que está comprometida com a valorização dos associados e dos trabalhadores, respeitando a suas opiniões e sugestões.

Uma equipa que saiba o que precisa a minha geração e seja capaz, igualmente, de interpretar os desejos dos meus netos.

Em todos os cargos que ocupei, aprendi o valor da gestão colaborativa e da governação integrada e multidisciplinar como aprendi, também, que só se evolui se mudarmos, ciclicamente, de atores, de ideias e de modelos de governo.

Este é o tempo de mudar! E é também por essa razão que eu voto Lista D, de diversidade, de democracia e de desenvolvimento.

A autora escreve segundo o novo acordo ortográfico

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