PSD e PS concordam com exigência de testes negativos para somar ao certificado de vacinação

Tal como a maioria dos partidos ouvidos na terça-feira, também os dois maiores partidos com representação parlamentar concordam com o reforço da testagem e das medidas de controlo, em alternativa ao confinamento da economia.

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Rui Rio, líder do PSD, descarta medidas "mais pesadas e mais em força" LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

PS e PSD concordam com as medidas que estão a ser estudadas pelo Governo, nomeadamente em relação à exigência de um teste negativo mesmo para quem já tem certificado de vacinação. As posições dos dois partidos foram assumidas esta quarta-feira, à saída dos encontros com o executivo socialista e na véspera de o Conselho de Ministros se reunir para definir medidas para conter o agravamento da situação pandémica.

“Parece razoavelmente consensual e sensato que há uma necessidade de o Governo voltar a instalar todos os centros de vacinação necessários para se ir cumprindo a terceira dose. É preciso também continuar com o uso de máscara em recintos em que estejam mais pessoas e exigir, nos locais em que haja um aglomerado de pessoas, um certificado de vacinação e teste. Não parece necessário que se tomem medidas que travem o andamento normal da economia. A equação é fazer tudo aquilo que é necessário fazer para proteger a população, sem chegarmos ao ponto a que se chegou no passado, confinamentos e fechos de determinados negócios”, argumentou o líder social-democrata, Rui Rio.

Também José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, começou por realçar a eficácia da vacinação. “O esforço de vacinação é um esforço para o qual todos temos o dever de concorrer, porque está provado que a vacinação é mesmo a maior prioridade para conseguirmos vencer este desafio”, disse.

Além do momento “crítico de Inverno”, José Luís Carneiro assinalou a proximidade da época festiva, pedindo “consciência colectiva”, também para compreender o “reforço de medidas de mitigação”, nomeadamente com uso da máscara e testagem negativa para acesso aos recintos interiores, exemplificou. “Façamos do certificado e da testagem um procedimento regular nas nossas vidas”, declarou, antes de assinalar também a importância de assegurar maior controlo das fronteiras num contexto de aumento das entradas e saídas do país.

O encontro com o PSD e PS concluiu a ronda de reuniões entre o Governo e os partidos com assento parlamentar. Na terça-feira, os partidos tinham já adiantado que as medidas em cima da mesa passam pela concentração de esforços na vacinação da terceira dose (estando a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos também a ser estudada), pela preparação de um quadro jurídico que prevaleça após a dissolução da Assembleia da República e pelo reforço do controlo e apresentação de testes em eventos de grande dimensão, como é o caso de eventos desportivos, concertos ou discotecas.

As decisões do executivo socialista deverão ser conhecidas na quinta-feira, após o Conselho de Ministros. Esta quinta-feira decorrerá também a conferência de líderes que deverá debater a data da dissolução do Parlamento. A reunião acontecerá depois do plenário, agendado para as 15h. Na última conferência de líderes, foram marcados plenários até ao dia 26, tendo ficado em aberto se no dia 2 de Dezembro ainda se realizaria uma sessão plenária ou se apenas reuniria a Comissão Permanente, o órgão que funcionará após a dissolução do Parlamento, mas que tem poderes reduzidos.

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