Cemitério inglês da Mina de São Domingos, que atraiu a revolta contra um passado de servidão, está ao abandono

Entre muros altos e 11 ciprestes estima-se que permaneçam enterrados em chão vindo especialmente de Inglaterra entre 11 a 16 homens, mulheres e crianças. Foi vandalizado depois de 1974 por simbolizar tempos negros.

minas,historia,local,alentejo,ambiente,reino-unido,
Fotogaleria
O cemitério servia para os ingleses durante a concessão da mina à empresa Mason & Barry Ldt
minas,historia,local,alentejo,ambiente,reino-unido,
Fotogaleria
O local está hoje abandonado

O cemitério que os ingleses instalaram, em 1860, na mina de São Domingos para enterrar os cidadãos ingleses que faleciam no antigo couto mineiro está há muitas décadas abandonado e esquecido das autoridades do Reino Unido e da Igreja Anglicana. Mas foi, sobretudo, desde 1974 que sofreu os maiores actos de profanação e vandalismo. As lápides que assinalam os locais de enterramento foram assinaladas com cruzes suásticas, actos que foram encarados como uma “vingança” em nome de milhares de antigos mineiros (toupeiras) que foram sujeitos, entre 1858 e 1968 período de concessão da mina à empresa inglesa Mason & Barry Ldt – a revoltantes actos de servidão.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar