Covid-19: Dinamarca vai reimpor passe sanitário dois meses após tê-lo suprimido

O passe sanitário será reintroduzido nos bares e restaurantes e nas discotecas. “Pode viver-se com o passe sanitário. Permite-vos ter o espírito tranquilo quando forem ao cinema ou a um concerto”, assegurou a primeira-ministra dinamarquesa.

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Mette Frederiksen, primeira ministra da Dinamarca EPA/OLAFUR STEINAR GESTSSON

A Dinamarca, após quase dois meses sem restrições de combate à pandemia de covid-19, vai reimpor a obrigatoriedade de apresentação de passe sanitário, devido ao forte aumento de novos casos da doença, anunciou esta segunda-feira a primeira-ministra. “A Comissão sobre as Epidemias recomendou ao Governo que classifique a covid-19 como uma ‘doença ameaçadora para a sociedade’ e reimponha o passe sanitário. O Governo vai seguir esta recomendação”, indicou a chefe do executivo dinamarquês, Mette Frederiksen, em conferência de imprensa.

No final da semana passada, as autoridades da saúde alertaram para o risco de “sobrecarga” dos hospitais do país por causa do “risco de covid-19, de gripe e de outras doenças infecciosas”. “As autoridades da saúde esperavam que mais pessoas fossem infectadas [com covid-19] e hospitalizadas, mas as coisas aconteceram mais depressa que o previsto”, disse Frederiksen.

Esta segunda-feira, pelo quinto dia consecutivo, mais de 2000 novos casos foram registados no reino nórdico de 5,8 milhões de habitantes, onde 36 pessoas estão internadas nas unidades de cuidados intensivos.

O passe sanitário será reintroduzido nomeadamente nos bares e restaurantes e nas discotecas. “Pode viver-se com o passe sanitário. Permite-vos ter o espírito tranquilo quando forem ao cinema ou a um concerto”, assegurou a primeira-ministra dinamarquesa.

A reimposição do passe tornará o quotidiano “mais difícil para aqueles de vós que não estão vacinados. É assim que penso que deverá ser”, afirmou.

Pioneira na imposição do passe sanitário, a partir da primavera deste ano, a Dinamarca suprimiu-o a 10 de Setembro, numa altura em que o número de novos casos de covid-19 era quatro vezes inferior aos números actuais. No país, 85,9% dos maiores de 12 anos receberam as duas doses da vacina.

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