Em Singapura, quem escolheu não ser vacinado contra a covid-19 terá de pagar tratamento hospitalar

Ministério da Saúde diz que estes pacientes colocam pressão acrescida nas unidades hospitalares. Vacinação completa abrange 85% da população.

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Cuidados intensivos e hospitais de Singapura sob pressão Reuters/GONZALO FUENTES

O Governo de Singapura vai deixar de suportar os custos dos tratamentos médicos para a covid-19 dos pacientes que não foram vacinados por escolha própria. No mais recente pacote de medidas para o combate à epidemia – onde são anunciados levantamentos de restrições em jantares e outras actividades –, o Ministério da Saúde da cidade-Estado asiática avança que começará a exigir o pagamento das despesas médicas a estes pacientes que, diz o Governo, colocam uma pressão acrescida no sistema de Saúde. A medida, anunciada em comunicado esta segunda-feira, entra em vigor a partir do dia 8 de Dezembro. 

“Actualmente, as pessoas sem vacinação são a maioria dos que precisam de cuidados intensivos, contribuindo desproporcionalmente para a pressão nos nossos recursos de saúde”, escreve o Ministério da Saúde. As pessoas que não estão vacinadas por possuírem problemas de saúde – ou por qualquer motivo que não a escolha própria – têm todas as despesas de saúde relacionadas com a covid-19 asseguradas pelo Governo.

Apesar de serem obrigadas a pagar a factura das estadias em hospitais ou unidades de cuidados intensivos, o Governo permitirá a pessoas sem vacina a possibilidade de acesso a planos de pagamento, permitindo o pagamento destas despesas em prestações.

Os pais de crianças que ainda não foram vacinadas (por não estarem contempladas pelo plano de vacinação) também não têm de pagar as despesas hospitalares.

Mais de 86% da população de Singapura foi vacinada com pelo menos uma dose da vacina, sendo que 85% dos habitantes da cidade-Estado já completaram o esquema vacinal. Há ainda 18% da população que recebeu uma terceira dose da vacina, de modo a reforçar a protecção contra o vírus. O país tem, de acordo com as estatísticas oficiais, uma população de 5,45 milhões de pessoas. 

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