Jonathan Franzen: “Os dogmas à esquerda e os mitos à direita assemelham-se a intolerância religiosa”

Não lhe falem em famílias disfuncionais. Todas as famílias são focos de tensão. É a partir do espaço doméstico que construiu o seu sexto romance, Encruzilhadas. É dele que partimos para uma conversa sobre a sua relação com a literatura e o seu desassombro de sempre sobre o mundo. O que quer, diz, é que gostem dos seus livros. Não precisam de gostar dele.

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eonardo Cendamo/Getty Images

Chove em Santa Cruz, Califórnia. Não é comum em Outubro. Da janela de Jonathan Franzen vêem-se as copas das árvores mesmo ali e ao fundo a mancha de um cinzento mais escuro sobre o cinzento que é aquela manhã. É o Oceano Pacífico que naquele dia não permite qualquer horizonte. A casa fica no lado ocidental da cidade a uma distância do centro que pode ser feita a pé e a pouco mais de uma hora de carro de São Francisco. A vedação do jardim faz fronteira com uma vasta zona de paisagem protegida. Franzen dá uma medida dessa extensão: “até umas 45 milhas daqui”, mais de 70 quilómetros. “É bom para os pássaros”, frase que remete para a sua grande paixão, a observação de aves e consequente empenho na preservação do ambiente.

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