Boji, um cão de rua, é o melhor amigo de quem viaja de transportes públicos em Istambul

Boji é a mascote dos transportes públicos de Istambul. Por sua conta, este cão de rua percorre mais de 30 quilómetros por dia. Em apenas dois meses, já tem milhares de seguidores nas redes sociais.

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Reuters/MURAD SEZER

Num barco lotado de passageiros em Istambul, entre a Europa e a Ásia, todos os olhos se voltam para um passageiro que aprecia a vista da janela. Boji, um cão de rua, tornou-se passageiro frequente nos barcos, autocarros e metro da maior cidade da Europa. Viajante dedicado, o cão gosta de longas viagens em transporte público, até 30 quilómetros num dia normal de semana.

As autoridades municipais de Istambul, na Turquia, que gravam as viagens do cão com um microchip, dizem que ele passa por, pelo menos, 29 estações de metro por dia e foi até monitorizado no mar, fazendo uma pausa de fim-de-semana nas ilhas dos Príncipes, na costa da cidade.

Com pêlo castanho dourado, olhos escuros e orelhas caídas, Boji começou a chamar a atenção há dois meses. “Reparámos num cão a usar o metro e o comboio e que sabia para onde ir. E sabe por onde sair,” disse Aylin Erol, do Metro de Istambul. “É como se ele tivesse um propósito.”

Dados recolhidos do seu localizador mostram que os históricos eléctricos são as linhas favoritas de Boji, que também é um viajante frequente no metro. Erol diz que o cão respeita as regras de transporte público e espera pelo desembarque dos passageiros antes de entrar no comboio.

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Gosta de viajar no meio da carruagem de metro, ou boji em turco - daí o nome que os funcionários lhe deram.

Segundo Erol, Boji levou cor à vida de 1,3 milhões de passageiros da metrópole turca. Os habitantes de Istambul partilham fotos dele nas redes sociais e a suas próprias contas têm mais de 50 mil seguidores.

“Apanhamos o comboio e, de repente, vemos o Boji. Olhamos para ele. Ele deita-se, sem mais nem menos. Apenas sorrimos e captamos o momento, a sério. Isso é o que Boji evoca para os habitantes de Istambul. Relembra-nos que ainda podemos aproveitar Istambul enquanto vivemos a correr.”

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