Escadinhas da Saúde paradas devido a vandalismo

A gestão do equipamento de acessibilidade pedonal pode vir a ser da responsabilidade da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa.

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Escadas rolantes facilitam o acesso da Baixa ao Castelo e são de utilização gratuita Nuno Ferreira Santos / Arquivo

As Escadinhas da Saúde, que facilitam o acesso da Praça Martim Moniz à Rua Marquês Ponte de Lima, estão paradas desde Julho. A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) aponta os actos de vandalismo constantes nas escadas rolantes (como activar o botão de emergência sem justificação) quase desde a sua inauguração, em Outubro de 2018, e a sua utilização intensa como principais motivos para a interrupção do funcionamento da infra-estrutura. 

Após a inspecção habitual ao equipamento foi verificado o desgaste de alguns materiais, diz a EMEL. A empresa aguarda as peças substitutas que, devido aos constrangimentos provocados pela covid-19, estão a demorar a chegar muito mais tempo do que era previsto.

Em declarações ao PÚBLICO, a EMEL refere que “as Escadinhas da Saúde são essenciais para a deslocação e o bem-estar de muitas pessoas” e garante que “tudo tem feito e continuará a fazer para minorar a falta de civismo que tem provocado sérios danos e levado a que este importante equipamento da cidade de Lisboa não funcione na sua plenitude”. Para que haja uma gestão de maior proximidade, está a ser estudada a passagem da logística do equipamento para a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, diz a empresa.

Miguel Coelho, presidente da Junta de Freguesia, revelou ao PÚBLICO que, juntamente com a Câmara Municipal de Lisboa, já está em conversações com a EMEL há bastante tempo. Apesar de ter uma “grande vontade” que a gestão das Escadinhas da Saúde passe para a autarquia, ainda não sabe se, nem quando, esse processo se irá concretizar. Explicou ainda que nos primeiros três meses de funcionamento, o equipamento não foi alvo de actos de vandalismo, pois tinha um segurança em permanência no local.

O autarca diz que se a logística das escadas rolantes passar a ser da responsabilidade da Junta de Freguesia, voltará a haver um guarda a tempo inteiro, e, eventualmente, poderá vir a ter um sistema de videovigilância.

O troço de escadas rolantes de 32 metros representa um investimento da EMEL de cerca de 830 mil euros. As Escadinhas da Saúde inserem-se no Percurso da Mouraria, parte integrante do Plano Geral de Acessibilidades Suaves e Assistidas à Colina do Castelo. A EMEL inaugurou este ano o elevador entre o Campo das Cebolas e a Sé de Lisboa e está ainda a desenvolver o projecto de construção de um funicular que ligará a Rua dos Lagares, na Mouraria, ao miradouro Sophia de Mello Breyner, na Graça.

Texto editado por Ana Fernandes

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