Covid-19: Ministério da Educação avança com campanha de testagem no 3.º ciclo e secundário

Processo será dividido em três fases, com a primeira a realizar-se de 6 a 17 de Setembro e destinada a pessoal docente e não docente. Anúncio acontece no seguimento de parecer emitido pela Direcção-Geral da Saúde.

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Paulo Pimenta

O Ministério da Educação anunciou esta quinta-feira que vai avançar com um rastreio à covid-19 na comunidade escolar no início do ano lectivo que se avizinha. A campanha de testagem, através da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), é feita em conformidade com um parecer da Direcção-Geral da Saúde (DGS) emitido também esta quinta-feira.

“No início do ano lectivo 2021/2022, será considerado um screening dirigido à comunidade escolar que compreenda o pessoal docente e não docente [de todos os níveis de ensino] e os alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário”, refere o parecer da DGS.

Este rastreio será feito “independentemente do seu estado vacinal” e não exclui a realização de outros testes ao longo do ano “por motivo de investigação de casos, contactos e/ou surtos na comunidade escolar”, acrescenta a autoridade nacional de saúde.

O ministério avança que o rastreio vai ser dividido em três fases: uma primeira para pessoal docente e não docente, de 6 a 17 de Setembroa segunda, de 20 de Setembro a 1 de Outubro, irá ser para testar os alunos do ensino secundário; e a última fase da acção vai decorrer de 4 a 15 de Outubro para testagem dos alunos do 3.º ciclo.

“O processo de testagem, tal como aconteceu no ano lectivo passado, irá decorrer de forma faseada, atendendo à capacidade de testagem existente no país”, esclarece o comunicado.

O próximo ano lectivo vai iniciar-se entre 14 e 17 de Setembro. Esta semana, a bancada parlamentar do CDS já tinha pedido ao Governo esclarecimentos acerca da política de testagem na comunidade escolar, tanto vacinada como não vacinada, entre outras questões acerca de procedimentos como o isolamento profiláctico ou o uso de máscara.

“Queremos saber se muda alguma coisa o facto de haver uma maioria de alunos vacinados”, afirmava ao PÚBLICO a deputada Ana Rita Bessa, referindo que “os encarregados de educação precisam de conhecer as regras atempadamente para perceberem como vão gerir o ano lectivo”.

A testagem de docentes, pelo menos, já tinha sido garantida pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que, a 9 de Agosto, disse que o Governo pretendia fazer testes aos professores a fim de se iniciar o ano lectivo de uma forma “o mais normal possível e com a maior segurança possível”.

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