Desemprego registado desce em Julho com Algarve em destaque

O IEFP tinha tinha 368.704 pessoas registadas como desempregadas no final de Julho, menos 9,5% face ao mesmo mês do ano passado, mas 24% acima do valor de Julho de 2019, antes da pandemia.

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Desemprego registado no Algarve desceu 21,5% em Julho, equivalente a 4918 postos de trabalho Miguel Manso

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) tinha 368.704 pessoas registadas como desempregadas no final de Julho, número que representa uma descida de 9,5% face ao mesmo mês do ano passado, e de 2,4% face ao mês anterior.

No entanto, se se recuar um pouco mais, comparando com Julho de 2019, antes da pandemia de covid-19, verifica-se que há uma subida de 24% no número de desempregados.

De acordo com a informação mensal do mercado de emprego agora divulgada pelo IEFP, a maior variação ocorreu na região do Algarve, com um decréscimo de 21,5% no número de desempregados registados face a Julho de 2020, equivalente a 4918 pessoas. Em sentido inverso, a Madeira foi a única região onde houve um aumento de pessoas sem emprego, com uma subida de 1,7% (320 pessoas).

Não qualificados são os mais afectados

Segundo o IEFP, 52,2% dos desempregados registados são mulheres, 51,7% estão inscritos há menos de um ano e apenas 8,8% estão à procura do primeiro emprego. “Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, na variação absoluta, contribuiu o grupo dos que estão inscritos há menos de um ano (-76.715) e, em sentido inverso, contribuíram para o maior número no desemprego aqueles que permanecem inscritos há um ano e mais (+38.117), diz o IEFP.

No mês em análise, registaram-se 37.604 novos desempregados, valor que representa uma descida de 19,6% em termos homólogos face a 2020, mas que sobe 18,9% ao comparar com Junho deste ano.

Aqueles que estão registados como “trabalhadores não qualificados” são o grupo profissional mais afectado, representando 25,4% dos desempregados registados no continente. Já no que diz respeito à actividade económica da origem do desemprego, o destaque vai para o sector dos serviços, e para as “actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”, com um peso de 30,5% do total. Em termos homólogos, nos serviços, a maior variação foi no sector do alojamento e restauração, com -19,1% de desempregados, o que equivale a 8061 pessoas.

Menos casais desempregados

De acordo com os dados do IEFP relativos ao continente, no final de Julho 41,4% dos desempregados registados “eram casados ou viviam em situação de união de facto”, perfazendo um total de 142.387 pessoas. E, destes, 11.492 afirmaram “que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no serviço de emprego”. Assim, nota o IEFP, o número de casais em que ambos os cônjuges estão registados como desempregados fixou-se em 5746, ou seja, -12,4% que no mês homólogo e -4,9% em relação ao mês anterior.

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