Cash a Lot e Flicka querem defender o título no Porto

As embarcações da Madeira e dos Açores conquistaram no final de Julho na ilha Terceira o Campeonato de Portugal ORC.

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A viagem será longa e com custos elevados, mas a pouco menos de um ano do Clube de Vela Atlântico, em conjunto com a Federação Portuguesa de Vela, organizar na frente marítima do Porto o Campeonato de Portugal ORC 2022, os skippers do madeirense Cash a Lot, bicampeão nacional na classe A, e do açoriano Flicka, vencedor da classe B, revelam que pretendem deslocar-se em Julho do próximo ano ao continente para defenderem o título nacional nas embarcações de vela de cruzeiro.

Um ano depois do previsto devido à pandemia, a costa de Angra do Heroísmo recebeu no final de Julho o Campeonato de Portugal ORC e depois de conquistar pela primeira vez o troféu a competir em casa – em 2019 as regatas decorreram no Porto Santo e Madeira -, Francisco Nóbrega revela que a vitória nas águas madeirenses foi uma surpresa que serviu de motivação.

Em conversa com o PÚBLICO, o skipper do Cash a Lot diz que embora o objectivo fosse “dar o melhor”, a tripulação madeirense não pensava que fosse possível o título: “Acabei por ficar um pouco surpreendido com os resultados que conseguimos obter [em 2019] e isso deu-nos uma motivação extra, e fez-nos acreditar que podíamos repetir o resultado nos Açores.”

Ausente grande parte do ano da Madeira por motivos profissionais, Francisco Nóbrega explica que “a preparação foi mais do barco do que da tripulação”. “Sou capitão de iates e, por isso, passo a maior parte do ano fora. Passei os últimos meses a velejar entre as Caraíbas e os Estados Unidos, e não tive tempo para treinar e preparar o campeonato. Nos últimos dois meses o meu pai desmontou o barco todo e viu todas as peças para o ter preparado.”

Mesmo sem possibilidade de treinar com a restante tripulação e sem conhecer a frente marítima de Angra do Heroísmo, o skipper madeirense diz que “através do conhecimento” que têm – “Os princípios da vela são sempre os mesmos onde quer que estejamos a velejar” -, conseguiram “andar bem”, acrescentando que gostou “bastante de Angra como campo de regatas”, principal no percurso do “oito aos ilhéus que é uma regata bonita de se fazer, com rochas imponentes e rajadas meias malucas na aproximação a terra”.

Embora ainda precise de “organizar a vida”, o madeirense diz que “fará os possíveis” para no próximo ano defender o título no Porto, deixando uma mensagem sobre a qualidade dos materiais portugueses, muitas vezes negligenciados pelos velejadores nacionais.

“Utilizamos velas Pires de Lima e, em Portugal, infelizmente há muita gente que pensa que tudo o que vem de fora é melhor. Em muitos casos, não é verdade. Corremos com as velas Pires de Lima que são óptimas e não ficam nada abaixo de marcas de velas conhecidas. As velas são o motor do barco e quando andamos bem e ganhamos regatas, significa que temos material bom.”

Ao contrário de Francisco Nóbrega, Marco Peixoto conhecia muito bem a costa da ilha Terceira e treinou “durante 15 dias” com a sua tripulação para o Campeonato de Portugal ORC 2021. O resultado, foi a conquista da classe B pelo Flicka, um JOD 35 “que anda muito bem com ventos de popa, mas neste campeonato mostrou que pode andar muito vem à bolina. É muito técnico e é a evolução que estava a precisar”, afirma Peixoto.

Comprado em 2020, o Flicka obrigou a “um upgrade na tripulação, com mais gente a bordo”, e o velejador da ilha Terceira revela que para a prova os novos campeões nacionais treinaram “durante 15 dias de forma intensiva”.

“Geralmente as nossas regatas [nos Açores] são completamente diferentes do Campeonato de Portugal. Foi preciso os 15 dias a bordo a treinar, com testes, treinando largadas à bolina. Cada um tinha a sua função e foi aí que fomos trabalhando. Durante o campeonato estávamos sempre a melhorar de regata para regata.”

Garantido o título, o velejador açoriano afirma ao PÚBLICO que “toda a tripulação está com vontade de ir” ao Porto no próximo ano, mas “a questão” são “os apoios financeiros”. “Ir ao continente não é como ir à Horta. Temos que nos preparar melhor e preparar melhor o barco.”

Ouça a entrevista completa com Francisco Nóbrega aqui
Ouça a entrevista completa com Marco Peixoto aqui

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