Detido suspeito de “esquema de pirâmide” com seguros que terá atingido os três milhões de euros

Segundo a Polícia Judiciária,o suspeito terá convencido inúmeras vítimas de que era supervisor de uma empresa corretora de seguros espanhola e que se encontrava autorizado a comercializar, em Portugal, um produto financeiro de elevada rentabilidade e de capital garantido.

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fau fabio augusto

 A Polícia Judiciária (PJ) deteve um cidadão estrangeiro suspeito de vários crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento e prática ilícita de actos ou operações de seguros que atingiram um total de três milhões de euros.

Em comunicado, a PJ explica que a detenção foi efectuada no final da semana passada, quando o suspeito se preparava para abandonar o país, e que, depois de ouvido pelas autoridades, o homem acabou por ficar em prisão preventiva.

O inquérito é do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Évora e durante a operação “Dolce Vita” foram realizadas diversas buscas, que permitiram apreender seis viaturas, diversos objectos e documentação.

“O suspeito agora detido, terá convencido inúmeras vítimas de que era supervisor de uma empresa corretora de seguros espanhola e que se encontrava autorizado a comercializar, em Portugal, produto financeiro da companhia que representava, de elevada rentabilidade e de capital garantido”, explica a PJ.

No comunicado, a PJ adianta ainda que o suspeito criou uma empresa, com instalações, colaboradores e veículos, “visando simular uma verdadeira actividade comercial e garantir a permanente entrada de fundos”.

“Contudo, tratava-se de um “esquema em pirâmide” ou “ponzi”, de rentabilidade inexistente e simulada, em que os valores dos primeiros investidores são reembolsados através dos valores entregues pelos seguintes e assim sucessivamente, até que o sistema deixe de ser alimentado e, inevitavelmente, sejam perdidos todos os valores não reembolsados, até então”, acrescenta.

A PJ diz ainda que os elementos recolhidos mostram que o sistema teria atingido já a última fase, que o arguido se prepararia para abandonar o país e que a investigação permite estimar que a actividade ilícita, presumivelmente iniciada em 2018, ascendeu a mais de três milhões de euros.

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