Ganhou ouro em Tóquio, mas foi o tricô que tornou Tom Daley viral nas redes sociais

“A única coisa que me manteve são durante todo este processo [confinamentos e adiamento dos Jogos Olímpicos] foi o meu amor pelo tricô, o croché e todas as coisas de coser”, contou atleta britânico.

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Tom Daley voltou a tricotar na segunda-feira. Ao que parece, será uma camisola de malha Reuters/ANTONIO BRONIC

Não é só na prova de saltos sincronizados para a água ─ digna da medalha de ouro que venceu ─ que Tom Daley chama a atenção das câmaras. Nas bancadas, enquanto assistia à final de salto em trampolim de três metros, o atleta foi apanhado numa actividade que não entra nesta competição: a tricotar. O jovem de 27 anos, um ícone nacional do Reino Unido e um activo defensor dos direitos LGBTI, agora também veio provar que o tricô não é só para velhinhas.

No domingo, com o equipamento britânico vestido e de máscara posta, Tom Daley tricotava uma peça de lã lilás nas bancadas do Centro Aquático, em Tóquio. O momento foi captado pelas câmaras, na terceira ronda de mergulhos de trampolim, pouco depois da atleta chinesa Shi Tingmao ter completado o seu segundo mergulho. Nesse momento, não estavam nadadores ingleses em competição e, por isso, o jovem decidiu entreter-se nas bancadas. 

Inicialmente, pensou-se que estaria a tricotar um gorro para o filho, Robbie, de três anos, fruto da relação com o produtor e guionista norte-americano Dustin Lance Black, de 47 anos, com quem casou em 2017 — Daley assumiu-se como homossexual aos 19 anos, num vídeo publicado no YouTube —, afinal, o atleta olímpico estaria a tricotar uma camisola de malha para animais de estimação.

Tom Daley diz que tricotar é a sua “arma secreta”. Esta segunda-feira publicou imagens das várias camisolas que já fez para cães. “Era isto que estava a fazer na piscina ontem”, escreveu o atleta. Na semana passada, na sua página de Instagram dedicada ao tricô, publicou a fotografia da protecção em malha que tricotou para a sua medalha de ouro, para prevenir que fique “arranhada”. A bolsa é tricotada com o padrão da bandeira do Reino Unido de um lado e a japonesa de outro. “A única coisa que me manteve são durante todo este processo [confinamentos e adiamento dos Jogos Olímpicos] foi o meu amor pelo tricô, o croché e todas as coisas de coser”, contou aos mais de 100 mil seguidores da sua página de Instagram.

As imagens do jogador a tricotar nas bancadas do Centro Aquático rapidamente se tornaram virais. “Tenho um novo ídolo”, escreveu uma utilizadora italiana, no Twitter. “Existe o homem perfeito? Sim”, comentou, por sua vez, outro. Já a britânica Rossana Lockwood parece ter falado por todos os ingleses: “Só a confirmar o estatuto de tesouro nacional aos meus olhos”. Outra utilizadora sugere que o nadador possa ter iniciado uma tendência, a corrida ao material para tricotar: “E de repente as vendas das agulhas de tricotar dispararam mais rápido do que quando Kate Middleton usa um vestido da uma marca de high street.”

Esta é a quarta vez que Tom Daley participa nos Jogos Olímpicos. Estreou-se em 2008, em Pequim, com apenas 14 anos. Em Tóquio, tornou-se o primeiro atleta britânico de saltos para a água a ganhar três medalhas olímpicas, somando o ouro às duas medalhas de bronze que já tinha. Como parte das restrições da pandemia, os atletas olímpicos devem abandonar a capital japonesa até 48 horas depois de competirem, mas o jovem ainda tem mais um salto de dez metros para fazer. O último mergulho de Daley em Tóquio deverá acontecer no próximo sábado, 7 de Agosto. Até lá, pode ser encontrado a tricotar nas bancadas.

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