O que um arquivo de fitas de cassete nos diz sobre um lugar

Projecto Found Tapes Porto, de Pedro Augusto, é o resultado de 15 anos de recolhas de pedaços de fitas encontradas ao sabor do acaso pelas ruas da cidade. Uma deriva arquivística-social-sentimental que dá corpo à exposição instalada na Casa do Infante até 5 de Setembro.

Foto
O que Pedro Augustofoi encontrando pelas ruas do Porto dá corpo à exposição "Found Tapes Porto 2004-2019: 15 Anos de Memórias Magnéticas"

No terceiro ano da licenciatura em escultura, Pedro Augusto teve de engendrar um trabalho cuja proposta implicava “fazer alguma coisa com a rua”. Decidiu então andar com as mesmas calças durante uma semana e guardar nos bolsos tudo o que ia encontrando, ao sabor do acaso e da deriva, enquanto caminhava pelas ruas do Porto. Entre esse puzzle aleatório de objets trouvés, apresentado depois numa sala de aula da Faculdade de Belas Artes, estava a fita de uma cassete respigada na Rua Gonçalo Cristóvão. Um pedaço de fita com pedaços de música de Ivete Sangalo e do duo de sertanejo Rionegro & Solimões que viria a tornar-se no prólogo de um longo, inopinado e semi-sigiloso projecto de foundtaping, iniciado em 2004.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar