“Isto é um assalto”. Manifestantes pedem redução do preço dos combustíveis

Cerca de 200 pessoas gritaram durante a tarde deste domingo, em Lisboa, palavras de ordem como “o Estado que mente põe a gente doente”, “nós só queremos os impostos a baixar”, “a gasolina está cara”, “chega de valores abusivos”, “isto é um assalto” ou “Governo baixa o gasóleo”.

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Duas centenas de pessoas manifestaram-se este domingo pelas ruas de Lisboa contra o preço dos combustíveis, com a organização a considerar a situação “insuportável e insustentável” para o país e a exigir uma redução dos valores.

Gritando palavras de ordem como “o Estado que mente põe a gente doente”, “nós só queremos os impostos a baixar”, “a gasolina está cara”, “chega de valores abusivos”, “isto é um assalto” ou “Governo, baixa o gasóleo”, os manifestantes saíram da Praça do Saldanha até ao Marquês de Pombal e desceram a Avenida da Liberdade, em direcção ao Rossio.

À partida, marcada para as 15h, eram cerca de 200 as pessoas que se encontravam no Saldanha, constatou a agência Lusa no local.

Uma faixa cor de vinho, em que se lia “Não há gota para esta palhaçada”, encabeçava a coluna de manifestantes a pé, seguida por outros tantos que se faziam transportar de mota, acompanhados de perto pela PSP.

À sua frente, o camião negro da organização, que entoava as palavras de ordem repetidas pelos manifestantes, agitava bandeiras, entre as quais do Movimento Cumprir Portugal.

Em declarações à agência Lusa quando a comitiva passava no Marquês de Pombal, Tomé Cardoso, da organização, explicou que a manifestação estava a “decorrer muito bem”, tendo uma “grande adesão”.

O representante frisou que os manifestantes protestam contra os elevados preços dos combustíveis. “Não vamos parar até baixarem os combustíveis. Vamos estar na rua daqui a 15 dias se não tivermos resposta e nos 15 dias seguintes, sempre aos domingos”, frisou.

Tomé Cardoso adiantou à Lusa não ter dados sobre os protestos no Porto, que decorrem ao mesmo tempo, salientando que durante a manhã, em Faro, houve perto de duas centenas de pessoas a manifestar-se.

Na convocatória divulgada no Instagram e no comunicado enviado à comunicação social, os organizadores lembraram que os preços dos combustíveis dispararam para o valor “mais elevado dos últimos 10 anos” num ano “especialmente difícil para as famílias portuguesas”.

“Portugal está no top cinco dos países com os combustíveis mais caros, sendo que 60% do valor que pagamos por cada litro se deve à carga fiscal portuguesa”, referem, sublinhando que Portugal “está entre os seis países da União Europeia com o salário médio mais baixo”.

Até às 17h as autoridades não divulgaram dados sobre a manifestação.

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