País de Gales e Dinamarca abrem oitavos-de-final

Britânicos tentam repetir 2016 frente a adversário escandinavo que já provou enorme capacidade de superação.

Seleccionador galês, Rob Page, prepara-se para a "batalha"
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Seleccionador galês, Rob Page, prepara-se para a "batalha" LUSA/Koen van Weel / POOL
Para Kasper Hjulmand, seleccionador dinamarquês, todos os pormenores contam
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Para Kasper Hjulmand, seleccionador dinamarquês, todos os pormenores contam LUSA/Claus Bech

Digeridas as emoções da fase preliminar do Euro 2020, País de Gales e Dinamarca — segundos classificados dos grupos A e B (de Itália e Bélgica) — abrem no sábado, às 17 horas, na Arena Johan Cruyff, em Amesterdão, as “hostilidades” nos oitavos-de-final, encontrando-se pela 11.ª vez e pela primeira em fases finais de uma competição como um Campeonato da Europa.

Sem empates no historial das duas selecções (seis vitórias nórdicas contra quatro britânicas), os galeses tentarão repetir a proeza de 2016, ano em que foram até às meias-finais (eliminados por Portugal), o que obriga a inverter a tendência dos últimos confrontos com os escandinavos: duas derrotas para a Liga das Nações, em 2018.

Refeita da entrada dramática no Euro 2020, a Dinamarca superou já a barreira psicológica do apuramento, o que não conseguia desde 2004, em Portugal, depois das ausências em 2008 e 2016 e da eliminação em 2012, no grupo de Portugal, Alemanha e Países Baixos.

A Dinamarca foi, aliás, a única segunda classificada com três pontos e a excepção ao qualificar-se após perder os dois primeiros encontros, o que revela a capacidade de resiliência de uma equipa que já foi campeã da Europa (1992) na condição de “repescada”.

Curiosamente, o País de Gales apurou-se para o seu segundo Europeu consecutivo depois de ter averbado duas derrotas nos dois primeiros jogos de qualificação para a fase final deste campeonato, ainda sob o comando de Ryan Giggs. Já com Rob Page ao leme, o desafio tornou-se mais exigente. 

“Vamos enfrentar um adversário muito bom. Temos analisado alguns dos jogos deles e a Bélgica teve de mudar as coisas na segunda parte para se impor. Temos de os igualar no trabalho e na dimensão física, e ganhar o direito de jogar futebol”, resumiu o seleccionador galês

Para chegar a Baku, onde a 3 de Julho poderá encontrar o vencedor do duelo Países Baixos-República Checa, também a Dinamarca terá de adaptar-se a uma mudança importante, depois de ter actuado em Copenhaga, com o apoio incondicional dos dinamarqueses, ao passo que o País de Gales andou com a casa às costas, entre o Azerbaijão e Itália.

O defesa Andreas Christensen, figura frente à Rússia, lamentou a nova realidade, triste por ter que fazer as malas, enquanto o seleccionador Kasper Hjulmand referiu que “o mais pequeno detalhe importa quando se chega a esta fase”, justificando assim os treinos à porta fechada: “Julgo que se dá demasiada atenção ao ‘onze’ inicial. Temos sido muito fortes na segunda parte em vários jogos. É tão importante quem está em campo quando o jogo acaba como quem está quando começa”.

há 14 jogos sem conseguir marcar pela selecção galesa, Gareth Bale surge empenhado em “passar da conversa à acção”, com o objectivo de provar que o favoritismo não ganha jogos.

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