Dinosaur Jr. e Guided by Voices: o clube está novamente aberto — e as regras do jogo continuam as mesmas

Duas bandas que mudaram o rock e se mantiveram iguais a si próprias enquanto o rock mudava à sua volta. Duas bandas que beijaram o mainstream, mas que criaram as suas obras mais culturalmente relevantes a partir das margens. Duas bandas históricas que continuam no activo e que, disco após disco, mantêm o mesmo vocabulário. Uma história sobre rock alternativo, teimosia e originalidade.

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(esq.) Levi Walton; (dir.) David Tonge/Getty Images

Poderiam ter sido uma banda independente lendária, escolheram ser uma banda mainstream modestamente bem-sucedida. Foram mais ou menos estes os termos que Steve Albini usou para, em conversa com a GQ há mais de dez anos, criticar a trajectória dos Sonic Youth, que em 1990, depois do sucesso transformador do álbum duplo Daydream Nation (1988), conseguiram um contrato com a editora Geffen, entrando no mercado dos grandes tubarões. Não espanta que seja esta a opinião do histórico produtor (o underground detesta sellouts) e, do ponto de vista artístico, não se pode dizer que Albini esteja só a criticar por criticar: Goo (1990), Dirty (1992), Experimental Jet Set, Trash and No Star (1994) e Washing Machine (1995) podem ter dado singles como Kool Thing, Sugar Kane, 100%, Bull in the Heather e Little Trouble Girl (em que Kim Gordon canta com Kim Deal, dos Pixies e das Breeders), mas muitos argumentarão que foi do período indie do grupo de Thurston Moore que saíram os seus melhores álbuns, como EVOL (1986), Sister (1987) e, claro, Daydream Nation.

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