A harpa de Angélica Salvi é todo-o-terreno (mesmo a 360º)

A harpista e compositora espanhola faz deslizar a harpa pelo Parque de Serralves, ao mesmo tempo que toca Cinzolino. Um vídeo a 360º, em parceria com o INESCTEC.

Não é fácil mover uma harpa, “instrumento um pouco delicado, que desafina muito facilmente”. Mas Angélica Salvi contrai a última corda e descomplica. Sentada dentro da escultura de Olafur Eliasson, no Parque de Serralves, a harpista e compositora espanhola levanta-se e faz deslizar a harpa “não óbvia” pelo jardim no Porto, cidade onde está sediada desde 2011. Depois, volta a sentar-se uns metros mais à frente, endireita as costas e repete tudo outra vez.

No passadiço à altura dos pássaros, e a 360º, continuamos a ouvir a versão acústica de Cinzolino, uma das músicas em Phantone, o primeiro álbum a solo da harpista. “Fazer um disco sozinha foi um desafio para mim”, comenta a também professora no Conservatório de Música do Porto, sobre o disco lançado no final de 2019. “A verdade é que a harpa pode ser um pouco solitária.”

Depois de meses sem concertos, Angélica Salvi estreia o projecto de realidade anotada do PÚBLICO, desenvolvido em parceria com o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência - INESC TEC, e com base na sua plataforma de criação de vídeos 360 interativos AV360.

Para ouvir, (quase) como se estivesses lá também. Aconselha-se o uso de auscultadores para uma melhor experiência. Se tiveres dificuldades na visualização, utiliza este link alternativo