Oriol Llopis (1955-2021): o rocker que tocava máquina de escrever

Lenda da crítica musical em Espanha, foi uma estrela rock sem álbuns editados, sempre a caminhar no fio da navalha ao longo de uma vida feita de rebeldia, excesso, hedonismo e romantismo paredes-meias com decadência.

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“É assim que escrevo, como se estivéssemos num bar e te estivesse a contar o concerto que vi ontem à noite"

“Se quando te tornas mais velho não continuas a ouvir rock’n’roll, então, na verdade, nunca te tocou”, costumava dizer. “Já sou um avô, sou um velho, mas continuarei a dançar o Shake Some Action no corredor até morrer.” Foi exactamente o que fez. Podemos até imaginar, para conferir a única dose possível de romantismo às circunstâncias da sua morte, que aquele clássico dos Flaming Groovies estivesse a tocar há horas, uma vez após outra, no terraço da pensão em Alicante em que, no dia 1 de Abril, descobriram pendendo sem vida um catalão sexagenário com patilhas e bigode à Lemmy Kilminster, argola na orelha esquerda, óculos escuros espelhados e chapéu de cowboy.

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