Nos regista lucro de 30,5 milhões no primeiro trimestre

Receitas consolidadas caíram 2,3%, para 337 milhões de euros, penalizadas pela actividade quase nula das salas de cinema.

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Miguel Almeida, presidente executivo da Nos Daniel Rocha

No ano passado, duas semanas de restrições por causa da pandemia foram um dos motivos invocados pela Nos para justificar prejuízos de 10,4 milhões de euros no primeiro trimestre.

Este ano, dois meses e meio de confinamento não impediram a empresa liderada por Miguel Almeida de registar lucros no primeiro trimestre, com um resultado líquido positivo de 30,5 milhões.

Segundo o comunicado divulgado pela operadora de telecomunicações esta terça-feira, as receitas do negócio de telecomunicações aumentaram 0,8%, para 335,7 milhões de euros, e o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) desta actividade melhorou 1,2%, para 143,5 milhões.

As receitas totais do trimestre caíram 2,3%, para 337 milhões, penalizadas pelo encerramento das salas de cinema entre 15 de Janeiro e 19 de Abril, que resultou em receitas de exibição cinematográficas “quase nulas”.

Em contrapartida, os custos do trimestre também caíram 3,8%, para 185,3 milhões de euros, essencialmente devido ao encerramento das salas de cinema.

O EBITDA consolidado recuou 0,4%, para 152,2 milhões de euros.

A 31 de Março, a empresa tinha mais 207 mil serviços vendidos face ao primeiro trimestre de 2020, num total de 9,902 milhões (mas menos que os 9,91 milhões de serviços do trimestre anterior), incluindo 1,639 milhões de clientes assinantes do serviço de TV.

“A contribuição das empresas associadas melhorou de um resultado negativo de 8,8 milhões de euros” no primeiro trimestre de 2020, para um positivo de 2,8 milhões de euros um ano depois, “liderada principalmente pelo melhor desempenho da [angolana] ZAP no trimestre, beneficiando de uma apreciação favorável da moeda local neste trimestre” e do facto de os primeiros três meses do ano passado terem sido marcados “por uma contribuição negativa da Sport TV devido a imparidades registadas no trimestre”, e por provisões registadas na ZAP.

A empresa detida pelo grupo Sonae (proprietário do PÚBLICO) revelou que aumentou o investimento em 8,7% nos primeiros meses do ano, para 96 milhões de euros, tendo o investimento relacionado com o cliente aumentado 32,5% nestes 12 meses, para 44,2 milhões.

A subida face ao período homólogo deveu-se a “um elevado nível de actividade comercial e uma maior proporção de equipamento de topo de gama a ser colocado nas instalações do cliente”, como o router Giga com auto-instalação, as caixas Uma de nova geração e a Apple TV, explicou a Nos.

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