A saúde das comemorações do 25 de Abril

As comemorações do 25 de Abril foram, nos últimos anos, uma manifestação da esquerda que a direita detestava e nunca lhe passaria pela cabeça participar.

Este artigo não é sobre o 25 de Abril, cujo significado histórico está em grande parte adquirido, é sobre as comemorações do 25 de Abril. As comemorações do 25 de Abril são actos políticos, que, como actos políticos, têm dono, ou seja, autores, formas, modos e efeitos. Dizer que “não há donos do 25 de Abril” não tem pés nem cabeça. Os “donos” originais são quem o fez, e quem o transformou, em 24 horas, de um golpe de Estado numa revolução. Sabemos quem são os autores de cada um destes actos. Não foram “os portugueses”, foram alguns portugueses. Se a data se tornou mais ou menos consensual – aliás, muito menos do que parece –, isso não significa que em cada ano as comemorações reflictam “o estado da nação” político.

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Este artigo não é sobre o 25 de Abril, cujo significado histórico está em grande parte adquirido, é sobre as comemorações do 25 de Abril. As comemorações do 25 de Abril são actos políticos, que, como actos políticos, têm dono, ou seja, autores, formas, modos e efeitos. Dizer que “não há donos do 25 de Abril” não tem pés nem cabeça. Os “donos” originais são quem o fez, e quem o transformou, em 24 horas, de um golpe de Estado numa revolução. Sabemos quem são os autores de cada um destes actos. Não foram “os portugueses”, foram alguns portugueses. Se a data se tornou mais ou menos consensual – aliás, muito menos do que parece –, isso não significa que em cada ano as comemorações reflictam “o estado da nação” político.