Jardim regressa nas autárquicas para apoiar candidato em Alenquer

Antigo líder do governo regional da Madeira vai encabeçar a comissão de honra da candidatura de Nuno Miguel Henriques.

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Alberto João Jardim é o mais conhecido governante da Madeira Paulo Pimenta

Mais de seis anos depois de deixar a política activa, apenas com alguns regressos pontuais, Alberto João Jardim esta de volta para ajudar um candidato do seu partido de sempre na corrida a uma autarquia que nunca saiu de mãos socialistas. Nuno Miguel Henriques é o cabeça de lista do PSD à Câmara de Alenquer e convidou o mais conhecido político madeirense para presidir à sua comissão de honra. Jardim aceitou.

“O fundador do PPD/PSD em 1974 e presidente honorário da Cimeira Europeia das Regiões e Cidades, presidente honorário do PSD-Madeira e da JSD-Madeira, antigo presidente do Governo Regional da Madeira, antigo membro do Conselho de Estado e autor de diversas obras, apoia a candidatura social-democrata de Nuno Henriques para conquistar este município, que foi desde sempre governado por socialistas”, informa a candidatura.

Nascido na Covilhã e licenciado em Ciências Sociais/Psicologia Social, Nuno Miguel Henriques é conselheiro nacional dos Autarcas Sociais-Democratas, integra a Assembleia Municipal de Torres Vedras e, ao longo dos seus 25 anos de militância, desempenhou várias funções políticas no PSD e TSD. É professor, autor e dinamizador cultural, consultor, assessor e diseur de poesia. Com escritor, foi autor de vários livros sobre protocolo e comunicação política. 

O lema do candidato, que se apresenta a votos como cabeça de lista a uma autarquia pela primeira vez, é: Mudança com Confiança, Mais, Melhor e Diferente.

Alberto João Jardim demitiu-se do governo madeirense em 2015, depois da eleição de Miguel Albuquerque como líder do PSD. Logo nesse ano, ainda chegou a ponderar avançar com uma candidatura a Belém, mas em Outubro chamou os jornalistas à sede da Fundação Social-Democrata, no Funchal, para anunciar que não entraria na disputa, apoiando, em vez disso, Marcelo Rebelo de Sousa.

Desde então, tem regressado apenas pontualmente, como aconteceu em 2018, na tradicional Festa do Chão da Lagoa, ou em 2019, quando aceitou ser o mandatário regional da candidatura de Rui Rio à liderança do PSD.

Fora da política (mas não totalmente), registe-se que em 2017 Jardim editou as suas memórias no livro Relatório de Combate e teve uma breve incursão pelo cinema, em que vestiu a pele de um pastor visionário, no filme O Feiticeiro da Calheta, do realizador Luís Miguel Jardim.​ No ano seguinte, publicou um romance político, intitulado diz NÃO!, no qual resumiu muito do seu pensamento para o país — no fim, o PSD praticamente desaparece do mapa político nacional. 

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