Galp concluiu “primeira ronda de conversas” com trabalhadores de Matosinhos

Sindicato diz que só tem conhecimento de um caso de saída por mútuo acordo. Fábrica de combustíveis já fechou.

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A Galp anunciou no Natal que vai fechar a refinaria de Matosinhos Adriano Miranda

A Galp já fechou a fábrica de combustíveis da refinaria de Matosinhos e também concluiu, “no final de Março, a primeira ronda de conversas individuais” com todos os trabalhadores do complexo. Mas não quis revelar quantos trabalhadores aceitaram a rescisão por mútuo acordo e qual será o passo seguinte para quem não a aceitou.

Para o dirigente do SITE Norte, Telmo Silva, a conta é simples: “Que tenhamos conhecimento, só um trabalhador aceitou”.

O dirigente sindical já havia dito ao PÚBLICO, antes do final de Março, que o desfecho mais provável seria “o despedimento colectivo” de cerca de 400 trabalhadores.

Sobre a questão dos trabalhadores, a empresa presidida por Andy Brown diz que “não tem nesta fase nada mais a adiantar”.

Já sobre o cronograma de encerramento do complexo petroquímico, tudo corre como planeado. “O calendário anunciado para o descomissionamento da refinaria de Matosinhos mantém-se em linha com o previsto”, adianta a empresa.

Depois do encerramento da fábrica de combustíveis, deverá seguir-se o fecho das fábricas de óleos base e aromáticos.

De acordo com a informação divulgada pela empresa, os trabalhos de encerramento da refinaria de Matosinhos vão ocorrer em três grandes etapas, que deverão durar pelo menos três anos: descomissionamento, desmantelamento e descontaminação.

O descomissionamento ocorrerá durante 2021, prevendo-se que fique concluído até final de Março na fábrica de combustíveis, até ao fim de Junho nas fábricas de aromáticos e óleos base e até final de Dezembro para as utilidades.

Este processo “destina-se a isentar todas as unidades processuais da presença de produto, preparando os equipamentos de uma forma segura” para serem desmantelados a partir de 2022.

Seguir-se-á a descontaminação dos terrenos, que será feita “de acordo com plano a definir” e que “resultará das alternativas de uso a serem identificadas”, como referiu a Galp anteriormente.

No final, restará apenas um parque de armazenagem de combustíveis com cerca de 70 trabalhadores, incluindo os 14 que trabalham na unidade de mistura e embalamento de lubrificantes.

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