Manchester City-Borussia Dortmund, a urgência contra o desespero

Citizens” recebem alemães na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Em Madrid, Liverpool de Diogo Jota tenta salvar a época frente ao Real.

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Pep Guardiola, treinador do Manchester City LUSA/Rui Vieira / POOL

Época após época, o Manchester City tem somado fracassos na Liga dos Campeões. Mesmo alimentado pelos milhões que vêm de Abu Dhabi, os “citizens” apenas conseguiram chegar uma vez às meias-finais em 13 anos de investimento e houve anos em que nem sequer passavam da fase de grupos. Pela quarta época consecutiva, o City está nos quartos-de-final da Champions e apresenta-se nesta terça-feira (20h, Eleven), para a primeira mão, no Etihad, como o grande favorito frente a um Borussia Dortmund em queda acentuada na Bundesliga.

Poucos têm sido aqueles que conseguiram fazer frente à equipa de Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva esta época. Os “citizens” ganharam 26 dos seus últimos 27 jogos e estão muito perto de conquistar mais um título na Premier League inglesa, mas é claro que o principal objectivo desta época é a conquista da Champions, algo que Pep Guardiola nunca conseguiu desde que saiu do Barcelona. Desde que chegou ao City em 2016, o catalão nunca passou dos “quartos” e, na última época, sofreu uma derrota inesperada numa eliminatória de jogo único em Alvalade frente ao Lyon (1-3), um jogo que ficou gravado na memória de Guardiola. “Ficou na minha cabeça e foi doloroso durante muito tempo, não posso negar.”

Entre o City e as meias-finais está o Borussia Dortmund, para quem a Champions é a tábua de salvação para uma época que está a ser um desastre – quinto classificado na Bundesliga e já a sete pontos dos lugares de qualificação para a liga milionária da próxima época, com um treinador interino e dezenas milhões de prejuízo.

Com todos os problemas que tem enfrentado, o Dortmund tem um trunfo que não é assim tão pequeno como isso, na forma de Erling Haaland, o goleador norueguês que já leva 33 golos esta época e é desejado por todos os clubes que têm dinheiro para o comprar, incluindo o City. E Guardiola, sempre cauteloso a falar de contratações, admite que os “citizens” podem vir a gastar mais de 100 milhões num jogador. “Talvez aconteça no futuro se for necessário reforçar a equipa para os próximos cinco, dez anos. Por enquanto, a decisão tem sido não o fazer”, comentou Guardiola.

Se a época do City tem sido quase perfeita, a do Liverpool tem sido um pesadelo, mas os actuais campeões ingleses avançam para a primeira mão dos “quartos” frente ao Real Madrid, no campo Alfredo di Stéfano, em Valdebebas, com um reforço de peso, Diogo Jota, que, depois de ter passado boa parte da temporada lesionado, tem mostrado que está a recuperar a melhor forma.

O internacional português, autor de dois golos no triunfo de sábado passado, diante do Arsenal, será uma das armas dos “reds” para pressionar uma defesa “blanca” que não contará com o central Sergio Ramos, lesionado – e as coisas não costumam correr muito bem à equipa de Zidane quando não tem o seu capitão.

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