O anacronismo da monarquia exposto em L.A.

O retrato que os duques de Sussex fazem da família real britânica é devastador. Aparentemente, ninguém aprendeu nada em 25 anos.

É fácil desqualificar a entrevista que Meghan e Harry, duques de Sussex, deram a Oprah na semana passada como uma exibição da vida privada, de meras questiúnculas familiares ou de vingança servida nem sequer a frio. Não concordo com essa opinião. Julgo que a entrevista normalizou os problemas de saúde mental de um modo que poucos instrumentos conseguiriam. Um tema ainda tão tabu e tão necessitado de passar para o debate público sem estigmas. Sobretudo para o tempo do pós-pandemia, quando muitas doenças se revelarão devido ao isolamento, à insegurança económica, ao empobrecimento. Foi um serviço que, só por si, valeria a entrevista. Bem como expor e denunciar as causas da doença: o racismo e o sexismo declarado vertido sobre Meghan dos media e das redes sociais. E o racismo camuflado da família real e dos cortesãos.

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