Investimento dos “vistos gold” subiu 13% em Fevereiro, para 52,3 milhões

Concessão de autorizações de residência por investimentos saltou 58% face a Janeiro, mês que tinha ficado em 33 milhões de euros.

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Investimento em imóveis para reabilitar está a crescer NELSON GARRIDO

O investimento captado através dos chamados “vistos gold” subiu 13% em Fevereiro, face a igual mês de 2020, para 52,3 milhões de euros, de acordo com contas feitas pela Lusa com base nas estatísticas do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Em Fevereiro, o investimento resultante do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) totalizou 52,3 milhões de euros, mais 13% que um ano antes (46,2 milhões) e uma subida de 58% face a Janeiro (33 milhões).

De acordo com o SEF, no mês passado foram concedidos cem “vistos gold”, dos quais 89 por via da compra de bens imóveis (24 para reabilitação urbana) e 11 por via de transferência de capitais.

A compra de bens imóveis totalizou um investimento de 47,5 milhões de euros, dos quais 8,6 milhões em aquisições para reabilitação urbana, enquanto a transferência de capital foi responsável por 4,7 milhões.

Por países, foram concedidos 46 “vistos gold” à China, sete ao Brasil, cinco aos Estados Unidos, quatro ao Paquistão e três à Rússia.

O programa de concessão de ARI, lançado em Outubro de 2012, registou até Fevereiro deste ano — em termos acumulados — um investimento de 5724 milhões de euros. Deste montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que ao fim de oito anos de programa soma cerca de 5177 milhões de euros, sendo que a compra para reabilitação urbana totaliza 288 milhões. O investimento captado por via do critério de transferência de capitais ascende a cerca de 547 milhões.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 9544 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1526 em 2014, 766 em 2015, 1414 em 2016, 1351 em 2017, 1409 em 2018, 1245 em 2019, 1182 em 2020 e 155 em 2021.

Até Fevereiro último foram atribuídos 8970 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 801 tendo em vista a reabilitação urbana.

Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 557 e mantêm-se 17 por via da criação de postos de trabalho (há muito tempo que não tem sido registado qualquer visto atribuído por esta via).

Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4837), seguida do Brasil (1001), Turquia (456), África do Sul (397) e Rússia (366).

Desde o início do programa foram atribuídas 16.265 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 215 este ano.

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