China espera crescimento económico acima de 6% este ano

Pequim prevê que a segunda maior economia mundial continue a recuperar, depois de o país ter crescido 2,3% no ano passado ao controlar a pandemia.

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A taxa de desemprego nos territórios urbanos da China foi de 6% em 2020 EPA

O Governo chinês prevê que a economia do país cresça a um ritmo “acima de 6%” em 2021, à medida que a actividade económica se intensifique com o controlo da pandemia.

A meta foi anunciada nesta sexta-feira pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, na abertura da sessão anual da Assembleia Nacional Popular.

A projecção é inferior aos valores previstos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que em Janeiro apontou para uma variação de 8,1% no Produto Interno Bruto (PIB) da segunda maior economia mundial.

“Ao fixar este objectivo, tivemos em conta a recuperação da actividade económica”, disse o primeiro-ministro chinês. No ano passado, na sessão plenária de Maio do órgão máximo legislativo do país, o Governo quebrou uma tradição e não apresentou uma projecção por causa da pandemia, recorda o jornal de Hong Kong South China Morning Post.

A economia acabaria por conseguir recuperar ainda em 2020. Apesar de ter caído 6,8% nos três primeiros meses do ano, cresceu nos trimestres que se seguiram (chegou a progredir 6,5% no quatro trimestre em termos homólogos) e, na totalidade do ano, o crescimento do PIB foi de 2,3%.

“Face ao impacto adverso e grave de uma súbita epidemia de coronavírus e de uma profunda recessão económica global, nós, o povo chinês, respondemos com uma tremenda tenacidade”, disse Li Keqiang nesta sexta-feira, segundo cita o Financial Times.

De acordo com o mesmo jornal, Pequim espera que sejam criados pelo menos 11 milhões de empregos urbanos, à semelhança do que aconteceu no ano passado, em que foram gerados 11,9 milhões de postos de trabalho em zonas urbanas, um valor que superou a projecção de 9 milhões.

A taxa de desemprego em territórios urbanos foi de 6% no ano passado e a meta para este ano é de 5,5%, refere o South China Morning Post.

“As metas para o crescimento, emprego e Índice de Preços no Consumidor [uma inflação na ordem dos 3%] deverão manter o desempenho da economia dentro do intervalo adequado”, disse Li, citado pelo mesmo jornal.

Relativamente às contas públicas, o Governo prevê que o défice orçamental seja de 3,2% do Produto Interno Bruto, menor do que o valor do ano passado (3,6%).

Num relatório apresentado à assembleia nacional, o Governo prevê reduzir o consumo de energia em 3% por cada unidade do Produto Interno Bruto (PIB) e projecta que as emissões de dióxido de carbono atinjam o pico até 2030 e se alcance a neutralidade até 2060, refere a agência Lusa.

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