“Vamos voltar a ter formas de cancro avançado como já não víamos há décadas”

Em entrevista ao PÚBLICO, António Parreira, director clínico do Centro Champalimaud, alerta para as repercussões da pandemia na área do cancro. Os rastreios abrandaram e os ganhos em saúde das últimas décadas podem sofrer por a atenção estar sobretudo focada na resposta à covid-19.

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António Parreira Enric Vives-Rubio

António Parreira, director clínico do Centro Clínico Champalimaud, defende que temos de, pelo menos, tentar atenuar o prejuízo da menor atenção que “as doenças não-covid” têm sofrido com a “focalização das atenções em tudo o que diz respeito ao problema da pandemia”. Algumas das medidas para garantir que é mantida uma capacidade de resposta íntegra terão sido tomadas no centro que dirige, exclusivamente dedicado ao cancro. No entanto, a nível global, o médico avisa que a situação é preocupante. Sobre a questão do momento da vacinação António Parreira considera que “os doentes com cancro devem ser vacinados tal como os outros” e, nalguns casos, até poderiam ser considerados prioritários.

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