Covid-19: cidade chinesa oferece recompensa a quem denunciar residentes sem teste

Autoridades de Nangong estão a oferecer até 63 euros a quem fizer queixa sobre uma pessoa que não foi testada. Medida surge no âmbito de um novo surto na província de Hebei.

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Autoridades de Hebei estão a testar milhões de pessoas para travar um novo surto de covid-19 STRINGER/Reuters

Uma cidade no Norte da China está a oferecer recompensas até 500 yuan (cerca de 63 euros) a quem denunciar residentes que não fizeram o teste de detecção do coronavírus.

A oferta das autoridades de Nangong ocorre numa altura em que milhões de pessoas da cidade e da província de Hebei estão a ser testadas, no âmbito dos esforços para controlar o recente surto de infecções identificado naquela região chinesa.

A China controlou amplamente a transmissão local do vírus por meio do uso de medidas consideradas extremas e altamente intrusivas, incluindo o bloqueio de cidades inteiras, a monitorização electrónica da movimentação de pessoas e a proibições de viagens dentro do país.

Mas a Comissão de Saúde da China anunciou esta sexta-feira ter identificado 37 casos por transmissão local nas últimas 24 horas.

A província de Hebei, que circunda Pequim, somou 33 casos locais nas últimas 24 horas e 123 desde que foi detectado o novo surto, que levou as autoridades a colocarem parte da região sob quarentena.

A cidade de Shijiazhuang, capital de Hebei, iniciou na quarta-feira uma campanha maciça de testes de detecção da covid-19, que abrange os seus 11 milhões de habitantes.

A Comissão de Saúde da China não anunciou novas mortes por covid-19, pelo que o número permanece nos 4.634, o mesmo desde Maio passado. O país registou, no total, 87.331 infectados desde o início da pandemia, segundo os números oficiais.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.884.187 mortos resultantes de mais de 87,1 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade no centro da China.

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