No dia em que a visita a Portugal do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o espectáculo de fado no CCB marcam o arranque oficial da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, Marcelo Rebelo de Sousa saudou o momento que considera ser “de afirmação de Portugal”.

“Vão ser seis meses de grande empenho das autoridades portuguesas e de afirmação de Portugal, quer em Bruxelas, mas também um pouco por todo o Mundo: ser Estado Membro da União Europeia torna-nos num actor internacional de primeira linha e esta Presidência é um momento raro de dirigir os destinos e as tomadas de decisão desta comunidade de Valores, de promoção da Paz, dos Direitos Humanos, da igualdade, solidariedade e estabilidade e do bem-estar sustentável dos cidadãos europeus, mas também da melhoria das condições de vida em muitos outros locais do Mundo”, escreveu o Presidente da República.

Marcelo dá dois exemplos da “igualdade e solidariedade da União Europeia": a iniciativa que vai permitir que “os seus 450 milhões de cidadãos possam vir a ser vacinados contra a SARS-CoV-2”, e as ajudas financeiras para apoiar os países “a sair da crise social e económica” que a covid-19 causou.

“As prioridades definidas pelo Governo português para esta presidência ilustram isso mesmo: promover a recuperação, a coesão e os valores europeus, promover a União Europeia como líder na acção climática, acelerar a transformação digital ao serviço dos cidadãos e das empresas, valorizar e reforçar o modelo social europeu, promover uma Europa aberta ao mundo”, acrescenta Marcelo Rebelo de Sousa na nota publicada no site da Presidência.

Charles Michel chega hoje a Lisboa para uma reunião de trabalho com António Costa, Augusto Santos Silva e Ana Paula Zacarias, no Centro Cultural de Belém, no final do qual está prevista uma conferência de imprensa conjunta. A visita inclui ainda uma passagem pelo Mosteiro dos Jerónimos, onde foi assinado o Tratado de Adesão de Portugal à UE, e o espectáculo inaugural da presidência portuguesa: um concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa, conduzido pela Maestrina Joana Carneiro, com participação de artistas como Ana Moura, Camané ou Carminho.