Covid-19: há menos quatro concelhos com risco extremo. Veja no mapa como está o seu concelho

Número de concelhos com uma taxa de incidência de casos de covid-19 nos últimos 14 dias superior a 960 por 100 mil habitantes diminuiu, segundo os dados da DGS. Vimioso continua a ser o concelho com a maior incidência acumulada, mas foi em Mora que este indicador mais subiu.

O número de concelhos onde a incidência da covid-19 é extrema — ou seja, que nos últimos 14 dias tiveram uma taxa de incidência superior a 960 por 100 mil habitantes — diminui para 26, menos quatro que no período anterior. Este indicador é um dos que permite decidir o nível de restrições (severas, moderadas ou leves) a aplicar em cada concelho.

Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) sobre a incidência acumulada entre 7 e 20 de Dezembro, Vimioso (Bragança) continua a ser o município do país com a incidência mais alta, com 3207 casos por cada 100 mil habitantes, um valor que aumentou em relação aos 14 dias anteriores, quando foram registados 2908 casos por 100 mil habitantes.

Na lista dos dez concelhos com a taxa de incidência mais elevada segue-se Castelo de Vide (Portalegre), com 2398 casos, logo a seguir o Marvão (Portalegre), que com 2396 novos casos por cem mil habitantes registou uma diminuição em relação aos 14 dias anteriores, Mourão (Évora) com 2286, Penamacor (Castelo Branco) com 2061, Tabuaço (Viseu) com 1873, Gavião (Portalegre) com 1839, Mora (Évora) com 1764, Chaves (Vila Real) com 1479 e Mondim de Basto (Vila Real) com 1454.

No total, nove concelhos saíram esta segunda-feira da lista de concelhos de risco extremo (Aguiar da Beira, Guimarães, Oliveira de Azeméis, Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Varzim, Santa Marta de Penaguião, Vieira do Minho, Vila do Conde e Vila Nova de Famalicão), mas outros cinco entraram (Alfândega da Fé, Amarante, Figueiró dos Vinhos, Idanha-a-Nova e Mora). Em Mora, que na actualização anterior tinha um risco moderado, a incidência saltou de 193 para 1764 casos por 100 mil habitantes.

Olhando para o mapa da incidência da doença é possível perceber que os concelhos de risco extremo estão agora mais concentrados no Interior do país. Dos 26 concelhos deste nível, apenas cinco ficam localizados no Litoral. Além disso, vários concelhos do Litoral saíram esta segunda-feira da lista de concelhos de risco extremo, como Guimarães, Oliveira de Azeméis, Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Vila Nova de Famalicão, por exemplo.

No lado oposto, os concelhos Vila Nova de Paiva (Viseu) Alcoutim (Faro) e Barrancos (Beja) são os únicos municípios do continente com uma incidência de zero, por terem menos de 20 casos por cada 100 mil habitantes. Mas há concelhos das regiões autónomas da Madeira (Ponta do Sol) e dos Açores (Santa Cruz das Flores, São Roque do Pico, Lajes das Flores, Lajes do Pico e Nordeste) onde a incidência também é de zero.

No total, dos 308 concelhos do país, 100 estão em risco moderado (com uma taxa de incidência entre zero e 239), menos quatro do que no período anterior. Há menos três concelhos em risco elevado (com uma taxa de incidência entre 240 e 479), num total de 92, e mais 11 em risco muito elevado (com uma incidência ente 480 e 959), num total de 90. Os restantes 26 estão em risco extremamente elevado, com mais de 960 casos por cada 100 mil habitantes. Assim, 116 concelhos mudaram e 192 mantiveram-se no mesmo nível.

O concelho com o maior aumento da incidência da covid-19 entre estes dois períodos foi Mora (Évora), com mais 1571 casos por 100 mil habitantes, Vidigueira (Beja), com mais 726, Alfandega da Fé (Bragança), com mais 704, Figueiró dos Vinhos (Leiria), mais 610 e Idanha-a-Nova (Castelo Branco), mais 560. Por outro lado a lista dos que mais desceram é encabeçada por Aguiar da Beira (Guarda), com menos 638 casos, seguida de Chaves (menos 486), Marvão (menos 466), Pinhel (Guarda), com menos 458 e Torre de Moncorvo (Bragança) com menos 429.

Portugal registou mais 58 mortes por covid-19 e 2093 novos casos de infecção no domingo, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira. O número de vítimas mortais é agora de 6677 e o total de infectados subiu para 396.666. O estado de emergência decretado em 9 de Novembro para combater a pandemia foi renovado até 7 de Janeiro, com recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio extremo e muito elevado.

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