O apoio convicto a Marcelo

Para o CDS, Marcelo Rebelo de Sousa é, naturalmente, um excelente intérprete do essencial do seu programa. E é também um herdeiro da AD.

O CDS reuniu o seu conselho nacional e, sob proposta da direcção, aprovou com uma maioria muito expressiva o apoio à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República. É um apoio convicto, declarado no momento certo, pois a natureza unipessoal do cargo presidencial atribui aos candidatos — e não aos partidos o domínio exclusivo da agenda e da gestão dos timings.

Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto político, é um democrata e um patriota, defensor de um Estado de Direito moderno e de uma economia social de mercado. Um humanista cristão, avesso a extremismos e radicalismos, adversário do socialismo e dos experimentalismos sociais. Um programa obviamente simpático para um partido como o CDS. Como candidato, o interesse nacional sobrepõe-se a qualquer interesse partidário, o que, no quadro em que alguns partidos procuram alavancar-se em candidaturas próprias, não pode ser indiferente para o CDS.

Enquanto Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou-se um defensor activo da estabilidade. Equidistante, exerceu o seu mandato com indiscutível eficácia, quer interna quer externamente. Em momentos fulcrais da vida nacional, construiu, de forma discreta, as pontes e os consensos que o interesse nacional impunha. Em temas da maior importância, usou com firmeza o veto presidencial, pondo-se ao serviço da transparência, da defesa da família e de uma sociedade plural. Na reacção à crise pandémica, teve um papel determinante e condicionou, em nome da saúde de todos, a acção governativa. Externamente, representou magistralmente o Estado português, afirmando com orgulho e inteligente diplomacia a soberania nacional e o compromisso europeu. Acima de tudo, impôs-se energicamente como símbolo de unidade nacional e da portugalidade junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

Tudo isto, Marcelo Rebelo de Sousa executou com uma notável proximidade com as pessoas, mostrando estar comprometido com os seus destinos. O Presidente dos afectos, do contacto directo e fraterno, do homem comum ao serviço dos outros, criou laços muito fortes com o seu povo e ergueu-se em verdadeira referência moral e afectiva da Nação. Eliminou as tradicionais barreiras entre os eleitores e o seu cargo, procurando, mais na substância do que na forma, cumprir a sua missão de ser o presidente de todos os portugueses, com todos falando de igual forma.

Para o CDS, partido responsável da direita popular, defensor das liberdades individuais e da igualdade de oportunidades, porto seguro dos que procuram, através do esforço e do trabalho, deixar aos seus filhos mais do que receberam, cujo ideário assenta nos valores da democracia cristã e do personalismo, e que não abdica da defesa intransigente dos mais desfavorecidos e dos mais vulneráveis, Marcelo Rebelo de Sousa é, naturalmente, um excelente intérprete do essencial do seu programa. E é também um herdeiro da AD, traço relevante para um partido como o CDS, que tem a legítima ambição de construir uma solução alternativa ao socialismo, em diálogo com os seus parceiros tradicionais.

Em todas as outras eleições presidenciais, o CDS soube sempre integrar as principais candidaturas provenientes do seu espaço, reforçando a importância e a influência da sua família política. Soube sempre acentuar o denominador comum de um eleitorado mais vasto que o seu próprio, agregando em vez de fracturar. Procurou sempre contribuir para a formação de maiorias presidenciais comprometidas com os seus valores conservadores, ao invés de procurar a afirmação imediatista dos seus horizontes partidários. É esse legado de responsabilidade e de compromisso que o CDS afirma, uma vez mais, no apoio a Marcelo Rebelo de Sousa.

De resto, o momento actual exige-nos uma posição muito firme e de incondicional repúdio aos extremismos, aos radicalismos e a todos os populismos. Recusar ter uma voz activa nestas eleições, representaria também uma incompreensível desvalorização desse combate, que só fortaleceria os nossos adversários.

Portugal enfrenta desafios muito exigentes no plano económico e social, mas também no plano político. O sucesso do nosso futuro colectivo depende, como não há memória no passado recente, da qualidade moral e política das lideranças.

O propósito da construção de uma sociedade mais justa e de um país mais próspero reclama, hoje como nunca, que no Presidente da República se encontre o que dele se espera: sensatez e previsibilidade, experiência e responsabilidade, proximidade e confiança. Que nele se afirmem a coesão, a unidade nacional e o bem comum, e que através dele se combatam os interesses individuais dos que procuram servir-se, em vez de estarem ao serviço.

É em nome desse propósito, ao serviço dos portugueses, e ao lado de todos os ex-presidentes do partido, que o CDS apoia Marcelo Rebelo de Sousa, apelando a todos que, com o seu voto, confirmem os nossos valores de sempre e permitam a sua eleição na primeira volta.

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