Levee toca o blues

Uma adaptação morna da peça teatral de August Wilson que vale a pena ver por um elenco em estado de graça — e por um Chadwick Boseman incandescente, naquela que foi a sua última interpretação.

netflix,critica,hollywood,cinema,culturaipsilon,oscares,
Fotogaleria
netflix,critica,hollywood,cinema,culturaipsilon,oscares,
Fotogaleria
netflix,critica,hollywood,cinema,culturaipsilon,oscares,
Fotogaleria
netflix,critica,hollywood,cinema,culturaipsilon,oscares,
Fotogaleria

O título da peça teatral do falecido dramaturgo August Wilson, vencedor do Pulitzer, cita abertamente a figura verídica de Ma Rainey, uma das pioneiras do blues, que é também personagem deste huis-clos que decorre num estúdio de Chicago durante uma sessão de gravação. Mas que não haja dúvida que a verdadeira estrela de Ma Rainey, a Mãe dos Blues, o filme que George C. Wolfe tirou da peça, é Levee, o trompetista ambicioso e com sede de transcender as limitações da vida negra na América segregada dos anos 1920. Ou seja, Chadwick Boseman, a vedeta de Black Panther, tragicamente falecida este ano de cancro — doença que estava já bastante avançada enquanto se entregava ao papel de Levee, que ficará como a sua última interpretação. E, mesmo correndo o risco de cair no encómio banalizado à medida do Óscar (porque é muito claro que, na produção americana contemporânea, é com os olhos nesses prémios que filmes como este são feitos mesmo que, como neste caso, pela Netflix), é verdade que Boseman é literalmente incandescente como Levee.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar