Sonda da China volta à Terra com amostras da Lua

O grande objectivo da Chang’e 5 era recolher amostras da superfície lunar.

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CNSA/CLEP A sonda Chang’e 5

A sonda chinesa Chang’e 5 pousou na região de Mongólia Interior, no Norte da China, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua. O veículo espacial volta assim à Terra e traz consigo amostras lunares – as primeiras desde os anos 70.

A cápsula de retorno aterrou em Siziwang, na Mongólia Interior, durante as primeiras horas de quinta-feira na hora local (já na tarde de quarta-feira no fuso horário de Lisboa), informou a Xinhua, que cita a Administração Espacial Nacional da China.

A sonda foi lançada a 24 de Novembro (23 de Novembro em Portugal), a partir da ilha tropical de Hainan, no extremo Sul do país. Este foi o mais recente empreendimento do programa espacial chinês, que enviou o seu primeiro astronauta ao espaço em 2003 e que tem uma nave a caminho de Marte. No início de Dezembro, a china já tinha anunciado que tinha concluído a recolha e o armazenamento de rochas e detritos da superfície lunar.

O grande objectivo da Chang’e 5 era recolher amostras da superfície lunar. A partir das rochas e destroços, espera-se aprender mais sobre a Lua, incluindo a sua idade precisa, assim como aumentar o conhecimento sobre outros corpos celestes do nosso sistema solar. A missão poderá ajudar a responder a questões sobre o campo magnético da Lua ou sobre a geologia do satélite natural, o que poderá ser importante em futuras missões tripuladas.

A China torna-se assim o terceiro país a conseguir amostras lunares, depois de os Estados Unidos e da União Soviética. Durante o programa Apolo, entre 1969 e 1972, os Estados Unidos conseguiram recolher 382 quilos de rochas e solo lunares. Já a União Soviética lançou três missões para recolher amostras da Lua nos anos 70. Na última – a Luna 24 de 1976 –, conseguiu obter cerca de 170 gramas de amostras.

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