Trump retira a maior parte das tropas dos EUA na Somália

A decisão faz parte de uma retirada global de tropas antes de Trump deixar a Casa Branca, prevendo-se também redução de militares no Afeganistão e Iraque. Parte das tropas irão para países vizinhos.

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A acção faz parte de uma retirada em massa antes de Trump abandonar o cargo Reuters/JONATHAN ERNST

O Presidente Donald Trump ordenou a retirada da maior parte das tropas norte-americanas estacionadas na Somália, informou o Pentágono num comunicado publicado esta sexta-feira. A decisão faz parte de uma retirada global das tropas norte-americanas, que também inclui o regresso de forças no Afeganistão e no Iraque, antes de Trump deixar a Casa Branca, em Janeiro.

Os Estados Unidos têm cerca de 700 tropas na Somália no combate ao grupo extremista islâmico Al-Shabaab, associado à Al-Qaeda. A missão tem passado despercebida nos Estados Unidos, mas é considerada um dos esforços centrais do Pentágono para combater a Al-Qaeda.

Um funcionário do departamento de Defesa dos EUA, que falou à Reuters sob condição de anonimato, disse que as tropas americanas que permanecessem na Somália ficarão localizadas na capital, Mogadíscio.

Na declaração oficial, o Pentágono esforça-se por minimizar as implicações de uma retirada em massa, mas especialistas advertem que a saída das tropas pode ter fortes repercussões para a segurança da Somália.

“Esta acção não é uma mudança na política dos Estados Unidos”, lê-se no comunicado do Pentágono. “Os Estados Unidos irão manter a capacidade de conduzir operações contraterroristas na Somália, e continuarão a recolher alertas e indicadores precoces sobre ameaças à pátria.”

O comunicado do Pentágono nota que algumas forças poderão ser recolocadas fora da África Oriental. Um número não especificado de tropas irá para os países vizinhos, permitindo operações transfronteiriças.

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