Foge da actividade física? Até cinco milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas com mais exercício

A OMS sugere que devem ser destinadas pelo menos duas horas e meia a cinco horas, por semana, para actividade aeróbica moderada a vigorosa, no caso dos adultos. Para crianças e adolescentes, a média recomendada é de uma hora por dia.

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Paulo Pimenta

Até cinco milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas, a nível mundial, com um aumento da actividade física, estimou, esta quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS), ao lançar as linhas orientadoras para esta área.

O combate ao sedentarismo deve ser praticado em todas as idades e mesmo por pessoas com condicionantes físicas por motivo de doença, defendeu a OMS, ao anunciar as novas directrizes.

A organização sugeriu, neste contexto, que devem ser destinadas pelo menos duas horas e meia a cinco horas, por semana, para actividade aeróbica moderada a vigorosa, no caso dos adultos. Para crianças e adolescentes, a média recomendada é de uma hora por dia.

De acordo os dados da OMS, um em cada quatro adultos não pratica exercício físico suficiente, o mesmo se passando com quatro em cada cinco adolescentes.

“Globalmente, estima-se que isso custe 54 mil milhões de dólares em cuidados directos de saúde e outros 14 mil milhões em perda de produtividade”, lê-se no documento.

A OMS alertou, assim, que a actividade física regular é fundamental para a prevenção e controlo de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e cancro. Ajuda também a reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, “reduzindo o declínio cognitivo” e melhorando a memória e saúde do cérebro.

Com as novas linhas orientadoras, pretende-se ainda incentivar a prática regular de actividade física durante a gravidez e o pós-parto, sublinhando-se igualmente os “valiosos benefícios para a saúde” em pessoas que vivem com deficiências.

As recomendações abrangem todas as idades. Os idosos (com 65 anos ou mais) são aconselhados a incluir na rotina actividades que estimulem o equilíbrio e a coordenação, bem como o fortalecimento muscular, para ajudar a prevenir quedas e melhorar a condição física, que influencia directamente a saúde.

Citado em comunicado, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que ser fisicamente activo é fundamental para a saúde e o bem-estar: “Pode ajudar a adicionar anos à vida e vida a anos”.

O responsável máximo pela OMS defendeu que cada movimento conta, especialmente numa altura em que é preciso gerir as restrições associadas à pandemia de covid-19.

“Devemos todos nos mover todos os dias, com segurança e criatividade”, sustentou.

No guia lançado esta quarta-feira, a OMS defende que toda a actividade física é benéfica e pode ser feita de várias formas, desde o desporto ao trabalho, integrando exercícios no dia-a-dia, mas também a fazer jardinagem, a caminhar ou a dançar.

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