Juventude Popular vai eleger novo líder

Francisco Camacho, da ‘jota’ de Lisboa, é para já o único candidato.

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Francisco Camacho DR

Francisco Camacho, que fazia parte da direcção de Francisco Rodrigues dos Santos, é candidato à liderança da Juventude Popular (JP). A eleição vai acontecer no final do mês de Novembro em congresso em local ainda a definir. Recorde-se que os eventos políticos estão excluídos das restrições aprovadas em Conselho de Ministros, neste fim-de-semana, para fazer face à pandemia. Por exemplo, para os dias 27, 28 e 29 de Novembro está marcado o conclave do PCP (que se realiza de quatro em quatro anos), em Loures.

Com 27 anos e natural de Lisboa, Francisco Camacho candidata-se à sucessão de Francisco Mota, que exerceu interinamente a liderança desde Fevereiro quando Francisco Rodrigues dos Santos foi eleito presidente do CDS. O jovem é licenciado em Direito pela Universidade Católica.

“Continuo a acreditar que a Juventude Popular e o CDS são o espaço de intervenção ideal para as novas gerações”, afirmou ao PÚBLICO o ex-líder concelhio de Lisboa da ‘jota’. Questionado sobre o aparecimento de outras forças políticas na área do CDS, Francisco Camacho disse encarar esse fenómeno “com naturalidade” mas sublinhou que o CDS “continua a ter uma agenda que não há noutros partidos”, que é também “fruto da essência democrata-cristã”. 

O candidato à liderança da JP – único até ao momento – lembra ainda que o CDS conseguiu “resistir e ter uma votação boa nas eleições regionais dos Açores – tendo-se tornado um partido “chave” para a região.

Sob o mote “Responder ao futuro”, a candidatura foi anunciada através de um vídeo divulgado nas redes sociais. Francisco Camacho elege a emancipação dos jovens e a mobilidade social como dois dos desafios com que se confrontam a maioria dos jovens da sua geração. “Os jovens portugueses fazem parte de uma geração que nunca viu o seu país crescer: viveram apenas um período de estagnação económica e de crises sucessivas”, afirmou, considerando que as novas gerações estão a assumir que “provavelmente vão viver pior do que a dos seus pais”.

Nesse sentido, o dirigente actual da Juventude Popular considera que a “resposta política a estes problemas terá de ser abrangente”. Além disso, defende Francisco Camacho, a resposta passa por “devolver a sustentabilidade à segurança social, compatibilizar a vida laboral com a vida familiar, promover activamente a constituição de família, transformar o sistema político e repensar a posição de Portugal neste mundo totalmente novo cuja emergência a pandemia veio acelerar”.

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